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Dois suspeitos confessam assassinato de ex-premiê do Paquistão
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da Folha Online
Dois suspeitos presos na semana passada confessaram a um juiz paquistanês nesta quarta-feira que eles ajudaram a armar o homem-bomba acusado do assassinato da ex-premiê Benazir Bhutto, informou um porta-voz do Ministério do Interior à rede de TV CNN.
Os dois homens, identificados como Hasnain Gul e Rafaqat, eram parte de uma equipe de cinco homens envolvidos no assassinato da ex-premiê, afirmou um alto investigador da polícia.
Ambos estavam no local em Rawalpindi onde Bhutto foi assassinada no dia 27 de dezembro, após sair de um comício, disse o investigador Chaudhry Abdul Majeed à CNN.
Os outros dois suspeitos --o quinto era o homem-bomba-- ainda estão soltos, segundo o investigador.
Os dois suspeitos disseram ao juiz em audiência nesta quarta-feira que forneceram ao suicida uma casa, transporte, uma pistola e o casaco que ele supostamente usou no ataque que matou a líder da oposição e mais outras 12 pessoas, disse Javed Iqbal Cheema, porta-voz do Ministério do Interior.
Eles disseram saber apenas dois codinomes do homem-bomba, Saeed e Bilal, segundo Majeed.
De acordo com o porta-voz, os suspeitos afirmaram à polícia que pegaram o suicida um dia antes do ataque em uma estação de ônibus em Rawalpindi, e o homem passou a noite com Rafaqat antes de o levarem ao local do ataque algumas horas antes do comício para reconhecimento.
Cheema disse que o suicida aparentemente não conseguiu passar pela segurança para participar do comício, então ele realizou o ataque quando Bhutto saía do evento.
Autoridades paquistanesas afirmaram que Bilal atirou em Bhutto antes de detonar seus explosivos.
Investigadores britânicos e paquistaneses concluíram que Bhutto morreu quando a explosão fez com que ela batesse a cabeça na maçaneta do teto-solar do veículo em que estava.
A família de Bhutto rejeita a versão oficial de que ela não foi atingida por um tiro, mas a família não permitiu uma autópsia da ex-premiê.
Os dois suspeitos foram presos na última quinta-feira em Rawalpindi, segundo Cheema.
O governo do Paquistão afirma que o assassinato de Bhutto foi planejado por Baitullah Mesud, líder do Taleban paquistanês, vinculado à rede terrorista Al Qaeda --conclusão que a CIA apóia.
No entanto, duas pesquisas nacionais recentes no Paquistão mostram que a maioria da população acredita que o governo do ditador Pervez Musharraf está envolvido no assassinato.
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