Número de eleitores no Timor Leste deve ultrapassar 400 mil

O número de eleitores no Timor Leste registado para as eleições da Assembléia Constituinte, marcadas para 30 de agosto, deverá ultrapassar os 400 mil depois de correções aos cadernos eleitorais provisórios que estiveram expostos até à semana passada.

Carlos Valenzuela, o responsável da Comissão Eleitoral Independente (CEI), explicou hoje aos jornalistas que durante o período de exposição dos cadernos eleitorais preparados com base nos dados do registo populacional mais de 233 mil pessoas verificaram a sua inclusão ou não como eleitores.

"Em resultado dessa verificação mais de 28 mil indivíduos apresentaram documentos solicitando a inclusão dos seus nomes nos cadernos eleitorais", disse Valenzuela.

Até ao final da manhã de hoje, e com base na revisão, a CEI tinha já acrescentado quase 18 mil nomes aos cadernos eleitorais provisórios, onde inicialmente estavam cerca de 382 mil eleitores.

"Assim e enquanto continuam os trabalhos de verificação e inclusão de nomes, estimamos que os cadernos eleitorais finais terão mais de 400 mil nomes", afirmou, manifestando-se bastante satisfeito com a afluência elevada de eleitorais aos locais de verificação.

Temendo a existência de outros erros, que não foram ainda verificados, Carlos Valenzuela explicou que a CEI decidiu alterar as regras de votação permitindo que qualquer pessoa que se tenha registado no recenseamento populacional possa, "se respeitar os critérios", votar ainda que não esteja incluída nos cadernos eleitorais.

O número final de candidatos nacionais dos partidos aumentou para 968 enquanto o número de distritais desceu de 85 para 84.

Carlos Valenzuela explicou que no intuito de facilitar a votação e dado o largo volume de escolhas existentes a CEI vai preparar informativos.

O responsável da CEI afirmou ainda que está prevista a instalação de cerca de 250 centros eleitorais com cerca de 790 urnas.

Os resultados das eleições serão anunciados parcialmente quando os dados das contagens distritais começarem a ser conhecidos, esperando-se que um resultado final seja conhecido até ao dia 10 de Setembro.

Entretanto, e ainda neste âmbito, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) confirmou em comunicado que uma equipe de auditores internacionais é esperada esta semana em Díli para analisar o sistema eleitoral.