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19/02/2008 - 09h45

Veja cronologia do governo de Fidel Castro

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da Folha Online

O ditador Fidel Castro, 81, que anunciou nesta terça-feira a renúncia à Presidência de Cuba e a seu cargo de comandante do Partido Comunista, foi o líder do país durante 49 anos. Sua trajetória é marcada pela liderança na Revolução Cubana em 1959.

Veja a cronologia da carreira política de Fidel:

1º de janeiro de 1959: O ditador Fulgêncio Batista deixa Cuba e revolucionários liderados por Fidel Castro tomam o poder.

Fevereiro de 1960: O vice-primeiro-ministro soviético Anastas Mikoyan visita Cuba; firma acordos de comércio de açúcar e petróleo, os primeiros de muitos acordos em mais de 30 anos.

Junho de 1960: Cuba nacionaliza refinarias de petróleo norte-americanas por recusarem a refinar petróleo soviético. Quase todos os outros negócios dos Estados Unidos na ilha são expropriados antes de outubro.

Outubro de 1960: Washington proíbe exportações a Cuba, com exceção de comida e remédios.

16 de abril de 1961: Castro declara Cuba Estado socialista.

17 de abril de 1961: 1.297 exilados cubanos apoiados pela CIA (agência de inteligência dos EUA) invadem a Baía dos Porcos. Ataque fracassa dois dias depois.

22 de janeiro de 1962: Cuba é suspensa da OEA (Organização dos Estados Americanos); e reage pedindo uma revolta armada em toda a América Latina.

7 de fevereiro de 1962: Washington proíbe todas as importações cubanas.

Outubro de 1962: O presidente norte-americano John F. Kennedy (1961-63) ameaça Cuba para forçar a remoção de mísseis nucleares soviéticos; dias depois os soviéticos concordam em retirar as armas e Kennedy decide não invadir Cuba.

Março de 1968: Governo de Castro assume praticamente todos os negócios privados do país, menos pequenas propriedades agrícolas.

Julho de 1972: Cuba se une ao Comecon (mercado comum do antigo bloco socialista, liderado pela União Soviética).

Abril de 1980: Governo declara que cubanos podem deixar o país. Começa crise de refugiados; cerca de 125 mil pessoas abandonam Cuba até setembro de 1980.

Dezembro de 1991: Colapso da União Soviética acaba com ajuda a Cuba, cuja economia cai 35% até 1994.

Agosto de 1994: Castro declara que não vai impedir saída de cubanos que tentam deixar país; cerca de 40 mil pessoas se dirigem aos EUA por mar. EUA e Cuba firmam acordo expandido de migração.

Outubro de 1997: Partido Comunista de Cuba realiza 50º Congresso; Castro reafirma seu irmão mais novo, Raúl Castro, como sucessor.

Janeiro de 1998: Papa João Paulo 2º visita Cuba.

23 de junho de 2001: Castro tem um leve desmaio durante discurso baixo sol.

16 de dezembro de 2001: Embarcações de milho e frango congelado chegam ao porto de Cuba, representando as primeiras vendas diretas de comida norte-americana ao país em quase 40 anos.

6 de março de 2003: Parlamento cubano elege Castro para seu sexto mandato de cinco anos como presidente do Conselho de Estado, órgão supremo do governo cubano.

18 de março de 2003: Governo cubano anuncia medidas contra dissidentes que acusa de trabalhar com oficiais norte-americanos para minar o sistema socialista. Setenta e cinco dos críticos mais radicais de Fidel são sentenciados a penas de seis a 28 anos de prisão.

20 de outubro de 2004: Castro tropeça e cai após um discurso e quebra o braço direito.

Novembro de 2004: Cuba liberta seis dissidentes políticos, incluindo o escritor Raul Rivero, em um movimento visto como tentativa de ganhar apoio da União Européia.

2 de fevereiro de 2005: Castro chama o presidente norte-americano, George W. Bush, de 'perturbado', em resposta à declaração dos EUA de que Cuba seria um berço de tirania.

15 de junho de 2006: Raúl Castro diz que o Partido Comunista permanecerá no controle de Cuba em caso de mudança de líder.

31 de julho de 2006: Fidel Castro cede temporariamente poderes a Raúl Castro para passar por uma cirurgia gastrointestinal.

13 de agosto de 2006: Castro completa 80 anos. As celebrações são adiadas para dezembro para que ele possa se recuperar.

2 de dezembro de 2006: Não comparece a uma parada militar que comemorava o 50º aniversário da Revolução Cuba e não aparece nos festejos de seu aniversário.

28 de março de 2007: Publica uma série de ensaios chamada "Reflexões de um Comandante-Chefe", em que trata de sua atuação na política internacional, mas continua afastado.

18 de junho de 2007: A ex-combatente, cunhada de Fidel e mulher de Raúl Castro, Vila Espin, morre aos 77 anos.

13 de agosto de 2007: Fidel completa 81 anos, mas não comparece às comemorações.

14 de outubro de 2007: Castro faz um telefonema transmitido ao vivo em Cuba a seu aliado Hugo Chávez, que diz a ele: "Você nunca morrerá".

18 de dezembro de 2007: Castro divulga ensaios em que afirma não querer o poder eterno e não pretender "obstruir o caminho para os mais jovens". Repete o tema dez dias depois, em seção parlamentar.

20 de janeiro de 2008: Castro é reeleito ao parlamento, mas deixa a possibilidade de se manter como presidente em aberto.

19 de fevereiro de 2008: Fidel Castro anuncia que não voltará a assumir o cargo de presidente de Cuba.

Com Associated Press

Comentários dos leitores
Alessandro Conegundes (1) 20/02/2008 11h38
Alessandro Conegundes (1) 20/02/2008 11h38
BELO HORIZONTE / MG
Entre o oito e o oitenta, quando se trata de Fidel Castro, com certeza poder-se-ão encontrar fãs e opositores ardorosos! Enquanto uma dessas facções de críticos do líder político se apega às milhares de mortes dos opositores ao comandante Fidel, de outro lado, estão aqueles que o enxergam como o magistral homem do poder, único capaz até os tempos atuais a sustentar sua posição categoricamente antagônica aos Estados Unidos por anos seguidos.
Para os habitantes desta terra Tupiniquim, o fato deveras importante é: nosso Presidente Lula já representa peça chave nesse tabuleiro de xadrez político. Para o tio Sam é a chave para a ligação entre os donos do mundo e os cubanos, mas Lula também assumirá o papel de conector da ilha com os demais países sul americanos. Portanto, um papel de destaque na esfera da política internacional. O Brasil sai dos bastidores, enfim, para colocar a nossa nação emergente nos rumos do protagonismo do jogo diplomático!
sem opinião
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porfirio sperandio (122) 20/02/2008 10h31
porfirio sperandio (122) 20/02/2008 10h31
BRAGANCA PAULISTA / SP
A sorte Cubana e' sinceramente uma tragedia pra mim pessoalmente.
Eu admiro o Sr Fidel por toda sua garra, sua compaixao pelas causas latinas, e principalmente pelo seu apoio ao Brasil como nacao.
Tenho conhecidos que ficam enfurecidos por chama-los apenas "conhecidos", e que por muitos anos, viram no Senhor Fidel Castro conforto e seguranca em uma epoca de disturbio no meu Brasil...
Mas tenho "amigos" que adoram me ouvir chamando-os de amigos, os "amigos de Cuba".
Balseros por destino, me enebriavam com noites de estorias e entretenimento nas ruas de South Beach e noroeste de Hialeah, onde me contavam em um espanhol quase aportuguesado num esforco pra me fazer entender, as alegrias e tragedias familiares de gente atravessando o estreito que liga Key West - o ponto mais sul dos EUA com as praias de Havana, dentro de uma camara de roda de trator...
De um lado os meus ideais me convencem do bem que um estadista como Fidel fez aos culhoes latino-americanos. Mas do outro, meu coracao me alarma as angustias que um dia me relatavam meus amigos de Cuba.
So' espero que Cuba retorne a Cuba, e que as magoas entre as duas faccoes, sejam de alguma maneira superadas e possam voltar um dia ao que sempre foi ...
Toda Suerte Cuba ! - El Brasileño de San Pablo
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