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Presidente da Nicarágua condena "assassinato" de porta-voz das Farc
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da Efe, em Manágua
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, condenou neste sábado (1) o "assassinato" de "Raúl Reyes", porta-voz internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), abatido em um bombardeio das Forças Militares da Colômbia a um acampamento rebelde no Equador.
Ortega condenou "a atitude do (presidente Álvaro) Uribe de assassinar Raul Reyes em um momento em que se deve haver um cessar-fogo", depois que a guerrilha colombiana libertou sete pessoas de entre cerca de 40 que mantém seqüestradas.
Segundo o líder sandinista, o presidente Uribe ao "matar (Raúl) também mata as possibilidades do processo paz na Colômbia, onde se impõem as forças mais atrasadas desse país invadido pelos ianques".
"Estas forças atrasadas pensam que o conflito colombiano pode ser solucionado pela via militar e que vão aniquilar a guerrilha (...)", enfatizou Ortega.
De acordo com o líder nicaragüense "Raúl" não era um terrorista, mas quem fazia os contatos com representantes de Governos latino-americanos e europeus para fazer gestões em favor da paz.
Ortega disse que conhecia bem "Raúl" porque teve encontros com ele em várias ocasiões, e assinalou que dava as condolências à família do guerrilheiro e às Farc por sua morte neste sábado.
"Assassinaram ao homem que vinha acumulando experiências e reconhecimentos internacionais em matéria de buscar a paz", insistiu o chefe do Executivo nicaragüense.
Segundo Ortega, "o Exército colombiano invadiu território equatoriano para assassinar o comandante das Farc".
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