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09/03/2002 - 15h19

Veja a cronologia dos fatos mais importantes do conflito irlandês

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da France Presse, em Londres

Veja a cronologia dos principais acontecimentos no conflito irlandês, desde a rebelião dos nacionalistas católicos contra a potência britânica, em 1916, até o acordo de paz ratificado pelo principal partido protestante do Ulster.

1916: Páscoa sangrenta em Dublin. Os separatistas irlandeses se rebelam numa ação armada contra o poder britânico.

1921: Partilha da Irlanda. Seis condados do norte (Ulster) habitados em maioria por protestantes -sobre os 32 que constituem a ilha- permanecem ligados à coroa britânica.

1922: Os 26 condados do sul formam o "Estado livre da Irlanda" que se transformará em República do Eire em 1937.

1968: Começo dos distúrbios em Londonderry depois da criação por parte da minoria católica de um "movimento de direitos cívicos" contra a discriminação.

1970-71: O Exército Republicano Irlandês (IRA) passa a agir com armas. As milícias protestantes (leais à coroa britânica) iniciam paralelamente uma campanha de atentados anticatólicos.

1972: "Bloody Sunday" (domingo sangrento) em Londonderry. Quatorze civis católicos morrem sob os disparos dos pára-quedistas britânicos. Ocorre a dissolução do Parlamento local de Stormont diante da violência (474 mortos em um ano). A Província passa para a administração direta de Londres.

1974: A greve geral dos protestantes faz fracassar o acordo de Sunningdale, primeira tentativa de divisão do poder entre protestantes e católicos moderados.

1979: O IRA assassina lord Mountbatten, ex-vice-rei da Índia.

1981: Dez pessoas que faziam greve de fome, ente os quais Bobby Sands, morrem na prisão sem obter o estatuto de presos políticos.

1985: Ocorre o acordo anglo-irlandês impondo o princípio de fiscalização de Dublin sobre o Ulster. Manifestações protestantes.

1993: Acontecem contatos secretos entre Londres e IRA. Ocorre a declaração anglo-irlandesa, prelúdio de um acordo oferecendo ao Sinn Fein integrar-se às conversações em troca de um cessar-fogo do IRA.

1994: É anunciado o cessar-fogo do IRA, depois das milícias protestantes.

1995: Londres e Dublin produzem um acordo-marco recusado pelos unionistas mas que prefigura o compromisso de paz que será firmado três anos depois. Bill Clinton recebe Gerry Adams, líder do Sinn Fein, na época.

1996: O IRA rompe o cessar-fogo. Ocorrem atentados em Londres, Alemanha e no Ulster.

1997: Eleito em maio, Tony Blair retoma contato com o Sinn Fein. Em julho, o IRA decreta um novo cessar-fogo. O Sinn Fein pode participar das negociações.

1998: As discussões continuam apesar de uma vendeta (vingança) mortal entre as duas comunidades, que provoca mais de 20 vítimas.

10 abril: É firmado o acordo de paz.

22 maio: Ocorre um referendo - Irlanda do Norte (71% dizem "sim"); República da Irlanda (94% dizem "sim").

25 junho: Acontece a eleição da Assembléia do Ulster.

15 agosto: Saldo de 29 mortos e 220 feridos no atentado de Omagh, reivindicado por uma ala dissidente do IRA. Londres e Dublin lançam uma contra-ofensiva antiterrorista. Todos os grupos armados em cessar-fogo, com exceção do Cira, um grupo católico republicano. No total, em 29 anos, os distúrbios provocaram mais de 3.500 mortes.

No mesmo ano, o IRA é ameaçado pelos protestantes a começar seu desarmamento antes que o Sinn Fein participe do futuro governo.

1999: Os protestantes e o lado republicano relançam o processo de paz. David Trimble e seu partido se contentam com a promessa do lado republicano de trabalhar visando seu desarmamento depois da criação de um executivo interconfessional.

Uma nova era de associação começa entre as comunidades rivais na Irlanda do Norte.
 

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