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10/03/2002 - 09h17

Israelenses e palestinos mantêm violência na região

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da Folha Online

Helicópteros israelenses lançaram vários foguetes hoje contra alvos palestinos em Rafah, no sul da faixa de Gaza, de acordo com fontes palestinas de segurança. Pelo menos dois projéteis atingiram locais dos serviços palestinos de informação em Rafah, mas, até o momento, não houve informações sobre vítimas.

Paralelo a esse incidente, dois israelenses ficaram feridos gravemente, depois que foram agredidos com fadas e tiros por palestinos, também na faixa de Gaza, de acordo com informações da rádio pública de Israel. Os dois israelenses, um soldado e um colono, foram atacados com armas automáticas e facas por alguns palestinos na entrada da colônia judia de Netzarim, nas imediações da cidade autônoma de Gaza.

Mais tarde, um dos agressores que feriu os dois israelenses com tiros e facadas foi morto por um colono israelense. Ele [palestino] teria disparado à queima-roupa com um revólver contra um soldado israelense da guarda na entrada da colônia de Netzarim. O agressor foi morto por um colono que havia sido esfaqueado por ele anteriormente.

O palestino trabalhava na colônia e usou as armas que carregava escondidas em sua roupa. Um helicóptero transferiu as vítimas ao hospital Soroka de Beersheba no deserto de Neguev (sul de Israel).

Declarações
Em declarações feitas à TV, o Exército israelense disse que vai continuar com suas "operações intensivas" iniciadas em 28 de fevereiro nos territórios palestinos da Cisjordânia e Gaza, disse hoje Zalman Shoval, conselheiro político do primeiro-ministro Ariel Sharon.

"O Exército israelense vai continuar suas operações intensivas nos territórios palestinos", disse.

Nos últimos dez dias, os conflitos entre israelenses e palestinos deixaram 177 mortos [125 palestinos, 52 israelenses], desde a invasão do Exército israelense, a dois campos de refugiados palestinos no norte da Cisjordânia.

Questionado sobre a próxima missão no Oriente Médio do mediador norte-americano Anthony Zinni, Shoval respondeu: "Esta missão do senhor Zinni é uma nova ocasião para que [o presidente da AUtoridade Palestina] Iasser Arafat detenha a violência. Nós dissemos [a Arafat] que se ele não deter o terrorismo nós usaremos todos os meios para isso".

Shoval fez esta declaração um dia depois dos atentados suicidas palestinos em Netanya e Jerusalém, que deixaram pelo menos 17 mortos, entre eles os três palestinos autores das ações. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas

O governo israelense se reuniu hoje até as 11h locais (7h de Brasília), em Jerusalém, para analisar a situação no país após a escalda de violência palestina, informaram fontes oficiais.

Atentados
Ontem, dois atentados em território israelense em um intervalo de cerca de duas horas deixaram, até o momento, 17 mortos. Um atentado suicida em um café perto da residência oficial do premiê israelense, Ariel Sharon, em Jerusalém deixou pelo menos 20 mortos e mais de 150 feridos. "Um suicida se explodiu na entrada do café. Houve mortos e muitos feridos", disse Emmanuel Nachshon, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

O atentado ocorreu no café Moment, que estava lotado, a cerca de cem metros da residência de Sharon em Jerusalém. Ele não estava no local.

Duas horas antes, três palestinos abriram fogo em um calçadão movimentado em Netanya (oeste de Israel). Emissoras de rádio e TV israelenses afirmaram que ao menos 25 pessoas haviam sido atingidas pelos disparos e que um dos atiradores estava disfarçado de policial israelense.

Forças de segurança israelenses mataram três atiradores, mas, segundo a TV israelense Canal 2, um quarto ainda poderia estar solto na cidade (norte de Tel Aviv) próxima da Cisjordânia.

Com agências internacionais

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