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Carros-bomba matam 12 em estação policial de Bagdá
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da Folha Online
A explosão de dois carros-bombas que se chocaram contra uma estação de polícia em Bagdá deixou ao menos 12 pessoas mortas neste domingo. Foi um dos piores ataques contra forças de segurança iraquianas desde o início da nova estratégia para a estabilização da capital, lançada em meados de fevereiro, após uma semana particularmente sangrenta.
Ali Jasim/Reuters |
Iraquianos observam destruição causada por carros-bomba em estação de polícia de Bagdá |
Os carros-bombas, dirigidos por terroristas suicidas, deixaram outras 95 pessoas feridas no bairro predominantemente xiita de Al Bayaa, no sudoeste de Bagdá, segundo a polícia.
Apesar da intenção aparente de matar policiais e militares, a maioria dos mortos deste atentado é civil.
As explosões danificaram a estação policial e destruíram uma garagem ao lado, onde destroços ruíram sobre uma dúzia de carros.
"Olhe a situação que os iraquianos estão vivendo. Há explosões toda vez que uma pessoa tenta sair para ganhar seu sustento", disse uma testemunha.
Derrocada
Forças de segurança dos Estados Unidos e do Iraque enviaram milhares de soldados novos para Bagdá nos últimos dois meses, em uma tentativa de interromper a derrocada do país rumo a uma guerra civil total entre a maioria xiita e a minoria sunita que dominava durante o regime do ditador Saddam Hussein.
O aumento no número de tropas reduziu as matanças sectárias de esquadrões da morte, mas os carros-bomba ainda atingem a cidade com freqüência assustadora. Uma onda de carros-bomba matou cerca de 200 pessoas na última quarta-feira, que se tornou o segundo dia mais sangrento no Iraque desde o início do conflito com a invasão americana em 2003.
Para o comandante do Exército americano no Iraque, general David Petraeus, o aumento das tropas alcançou progressos modestos, mas um aumento no número de atentados suicidas tornou incerto o sucesso final da empreitada.
Petraeus e outros altos oficiais do Exército dos EUA afirmaram ao jornal "Washington Post" que a estratégia de aumentar o número de soldados conseguiu melhorar a segurança em Bagdá e na Província de Anbar, mas o número de ataque aumentou consideravelmente em outras regiões do país.
"Acho que nunca vamos nos livrar de todos os carros-bomba", disse o general. "O Iraque terá de aprender a conviver com um certo grau de ataques, como, por exemplo, fez a Irlanda do Norte", completou
Muros de Concreto
O Exército americano informou hoje que está construindo muros de concreto para proteger cinco bairros de Bagdá. Alguns residentes tem reclamado que o muro poderá os isolar e piorar as tensões sectárias.
"Não estamos isolando os bairros, apenas controlando o acesso a eles. É uma tática, não é uma mudança na estratégia para dividir Bagdá de acordo com critérios sectários", disse o porta-voz militar Scott Bleichwehel.
O anúncio de que mais "comunidades fechadas" estão sendo construídas chega depois que o Exército dos EUA disse na última semana que está construindo um muro de 5 km em torno de um bastião sunita na cidade. Barreiras de concreto de até 3,5 metros de altura deverão cercar Adhamiya, uma área predominantemente sunita que é rodeada em três lados por comunidades xiitas.
Semana sangrenta
O pior ataque registrado na última semana ocorreu na quarta-feira (18) --o segundo dia mais sangrento desde a invasão da coalizão liderada pelos Estados Unidos, em 2003. Ao menos 140 pessoas morreram no mercado de Sadriyah, em Bagdá. Em 3 de fevereiro, o mesmo mercado havia sofrido outro ataque, no qual ao menos 127 pessoas morreram.
Maya Alleruzzo/AP |
Soldado americano patrulha vila de Al Majahreen, 40 km a leste de Bagdá |
O recorde é de 23 de novembro de 2006, quando a explosão coordenada de vários carros-bomba matou 202 pessoas no bairro de Sadr City, na capital --ao menos 256 foram mortas em todo o país, segundo a contagem da agência de notícias Associated Press.
Em outro ataque também na quarta-feira, um carro-bomba conduzido por um suicida matou 30 pessoas nas proximidades de um posto de checagem em Sadr City, bairro predominantemente xiita na periferia de Bagdá que abriga a base do clérigo Moqtada al Sadr.
Al Sadr prega a saída das tropas americanas do Iraque. Um terceiro carro-bomba matou outras dez pessoas em Bagdá. Outros 11 civis morreram e 13 ficaram feridos após a explosão de um carro-bomba perto de um hospital e um mercado em Karradah, no centro da capital.
Em outro atentado, quatro policiais morreram e seis civis ficaram feridos quando um carro-bomba atingiu um posto da polícia ao sul de Bagdá.
Nesta quinta-feira,uma nova explosão de carro-bomba matou ao menos 12 pessoas.
Com Reuters
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