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Explosões em série matam mais de 150 no Iraque
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da Folha Online
Uma série de ataques atingiu Bagdá nesta quarta-feira, matando ao menos 157 pessoas. Um dos carros-bomba explodiu em um dos principais bairros xiitas da capital iraquiana, Sadriya, matando 112 pessoas e ferindo outras cem. Aparentemente, a bomba foi colocada dentro de um ônibus.
Em outro ataque, um carro-bomba conduzido por um suicida causou 30 mortes nas proximidades de um posto de checagem em Sadr City, bairro predominantemente xiita na periferia de Bagdá e que abriga a base do clérigo Moqtada al Sadr, que prega a saída dos americanos do Iraque. Um terceiro carro-bomba matou outras dez pessoas em Bagdá.
Outros 11 civis morreram e 13 ficaram feridos após a explosão de um carro-bomba perto de um hospital e um mercado em Karradah, no centro de Bagdá.
Em outra ação, ao menos quatro policiais morreram e seis civis ficaram feridos quando um carro-bomba atingiu um posto de controle da polícia iraquiana ao sul de Bagdá.
Kareem Raheem/Reuters |
Iraquianos cercam carros destruídos em Bagdá; três ataques matam ao menos 115 |
Os ataques aparentemente coordenados ocorridos nesta quarta-feira são os mais mortíferos desde fevereiro último, quando os Estados Unidos, que comandam a coalizão militar internacional presente no país árabe, puseram mais milhares de soldados norte-americanos nas ruas de Bagdá para tentar barrar a violência.
Os ataques ocorreram horas depois que o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, afirmou que tropas iraquianas assumirias o controle da segurança do país até o final deste ano.
"Eu vi dezenas de corpos. Algumas pessoas foram queimadas vivas dentro de microônibus. Ninguém conseguia retirá-las após a explosão", afirmou uma testemunhas em Sadriya.
"Havia pedaços de corpos espalhados por todo o local. Mulheres gritavam", acrescentou.
Mais de 160 pessoas ficaram feridas na série de ataques, de acordo com a polícia.
Maliki sofre intensa pressão para que as tropas americanas deixem o país, mas a explosão de ao menos cinco bombas nesta quarta-feira apontam os graves problemas na segurança.
Os ataques podem acirrar a tensão sectária em Bagdá, principalmente entre os membros do Exército de Mehdi. Seis ministros ligados a Al Sadr deixaram o governo iraquiano na segunda-feira (16) para pressionar pela retirada dos 146 mil soldados dos EUA no Iraque.
Bagdá vem sendo cenário de violência sectária desde o atentado contra uma mesquita xiita em Samarra em 22 de fevereiro.
Tropas
Em discurso para marcar a entrega do controle da segurança da Província de Maysan (sul) ao Iraque, assessor para a Segurança Nacional, Mowaffaq al Rubaie, afirmou que três Províncias do Curdistão serão as próximas a serem entregues, seguidas de Kerbala e Wasit.
"Depois, Província por Província será entregue até o final deste ano", disse Al Rubaie.
Maysan é a quarta das 18 Províncias iraquianas a serem entregues ao controle das forças iraquianas, depois de Muthanna, Najaf e Dhi Qar, todas regiões xiitas do sul do Iraque.
No entanto, Maliki afirmou que forças iraquianas somente assumirão o controle total quando estiverem preparadas. "Alguns exigem um cronograma para o fim da presença estrangeira no Iraque", disse Maliki em discurso em Amara, capital de Maysan, 365 ao sul de Bagdá.
"Eu digo a eles que essa é a exigência de todos os iraquianos, e que estamos trabalhando para criar as circunstâncias para a retirada", acrescentou o premiê.
Com agências internacionais
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