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15/04/2007 - 00h00

Bloco radical anuncia saída do governo iraquiano; ataques matam 34

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da Folha Online

Os seis ministros do grupo liderado pelo clérigo radical xiita Moqtada al Sadr anunciaram neste domingo que deixarão o governo de coalizão iraquiano para pressionar a elaboração de um calendário de retirada das tropas americanas do Iraque.

Oficiais do grupo, que também possui um quarto das cadeiras do Parlamento, disseram que o anúncio oficial será feito nesta segunda-feira.

Entre as razões defendidas dadas para a decisão está a recusa do governo de Al Maliki em elaborar um calendário para a retirada das "forças de ocupação" e os "maus serviços que o Executivo prestou ao povo iraquiano".

A saída do grupo pode criar tensões no governo de unidade nacional do primeiro-ministro xiita, Nuri al Maliki.

O grupo de Al Sadr faz parte da Aliança Unida Iraquiana (AUI), a coalizão xiita que, com seus 128 parlamentares, é a primeira força política no Legislativo de 275 cadeiras, seguida pela Coalizão Curda e a sunita Frente do Consenso.

Atentados

Também neste domingo, ao menos 34 pessoas morreram e cem ficaram feridas em ataques a bomba em distritos xiitas de Bagdá.

Khalid Mohammed/AP
Iraquianos observam local de explosão de microônibus em Karradah, em Bagdá
Iraquianos observam local de explosão de microônibus em Karradah, em Bagdá

As novas ações ocorrem um dia depois que 65 pessoas morreram em ataques a bomba na capital e em outras regiões do Iraque, e três dias após um atentado suicida contra o Parlamento iraquiano que matou o legislador sunita Mohammed Awad.

Dois carros-bomba mataram 15 pessoas e feriram outras 50 na região de Al Shurta al Rabeia, ao sudoeste de Bagdá. A primeira explosão atingiu um mercado lotado. A segunda, ocorrida momentos depois, ocorreu em um ponto próximo.

Em Karradah, no centro de Bagdá, outros dois carros-bomba mataram ao menos oito pessoas e deixaram 23 feridos. Na mesma região, um terceiro carro-bomba que visava atingir uma patrulha da polícia matou cinco pessoas e feriu outras dez.

No distrito de Kadhimiya, ao noroeste da capital, um suicida utilizando um cinto de explosivos matou ao menos seis pessoas e feriu outras 11 em um microônibus

Em outro incidente, dois militares britânicos morreram e quatro se feriram após a colisão de dois helicópteros do Reino Unido.

Corpos torturados

Fontes da segurança iraquiana também anunciaram neste domingo que, em 24 horas, foram encontrados um total de 30 corpos de pessoas assassinadas a tiros em diferentes lugares de Bagdá.

Os corpos, a maioria com sinais de tortura, foram levados ao principal necrotério da capital para serem reconhecidos por seus familiares, já que junto a eles havia documentos de identificação.

Os milhares de cadáveres achados em Bagdá e em outras áreas do Iraque nos últimos 14 meses pertencem a pessoas seqüestradas e assassinadas em meio à violência protagonizada por xiitas e sunitas.

Operação militar

Uma operação militar lançada pelos EUA há dois meses em Bagdá visa deter a violência no Iraque, que ameaça mergulhar o país em um conflito civil.

No entanto, as forças americanas e iraquianas têm dificuldade para deter terroristas suicidas. O número de ataques com carros-bomba aumentou.

A violência sectária entre xiitas e sunitas cresceu após o ataque contra um importante santuário xiita em Samarra em fevereiro de 2006.

Dezenas de milhares de pessoas foram mortas desde então em todo o país.

Com Reuters

 

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