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24/03/2002 - 09h56

Proposta de Sharon de ir a Beirute é "absurda", dizem palestinos

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da EFE, em Jerusalém

O chefe dos serviços de Segurança Preventiva na Cisjordânia, Jibril Rajub, qualificou a iniciativa do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, de ir à cúpula árabe que se realizará a partir de quarta-feira (27) em Beirute de "uma brincadeira absurda".

Segundo a edição de hoje do jornal palestino "Al Ayam", Rajub disse que a Autoridade Palestina considera as supostas intenções de Sharon de viajar ao Líbano como uma tentativa de "menosprezar os líderes árabes".

O chefe de governo israelense expressou ao vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, que visitou a região nesta semana, seu interesse em ir a essa reunião para expor aos Estados árabes, em primeira mão, a posição de Israel a respeito da proposta de paz saudita, segundo fontes políticas.

No entanto, os observadores consideram improvável que o premiê israelense, cujo Exército invadiu o Líbano em 1982, quando Sharon era ministro de Defesa, seja bem recebido pelos dirigentes árabes.

Rajub afirmou que "Sharon demonstra com essa iniciativa que é um homem estranho; enquanto comete massacres contra o povo palestino, por outro lado não se envergonha de pedir para participar da cúpula árabe".

Sabra e Chatila

O ministro palestino de Administração Local, Saeb Erekat, disse que o premiê israelense "não deveria perturbar a paz dos que descansam em paz nos cemitérios de Sabra e Chatila com essas idéias tão provocadoras", citando a participação de Sharon nos massacres cometidas por extremistas cristãos nesses campos de refugiados em território libanês controlado por Israel em 1982.

A comissão de pesquisa israelense Kahane provou e condenou em um relatório de 115 páginas, em 8 de fevereiro de 1993, a responsabilidade do governo de Israel, então presidido por Menahem Beguin, de seu ministro de Defesa e do chefe do Exército nos massacres de Sabra e Chatila. Sharon, por recomendação dessa comissão, foi destituído como responsável de Defesa.

Fontes oficiais palestinas disseram ontem que o líder Iasser Arafat assistirá à cúpula, em sua primeiro viagem fora dos territórios palestinos desde o passado 3 de dezembro, quando Israel o confinou na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, depois de uma série de atentados palestinos.

O ministro de Informação palestino, Iasser Abed Rabó, manifestou que a Autoridade Palestina não aceitará nenhuma resolução adotada durante a reunião se Arafat não estiver presente.

"Não aceitaremos nenhuma das resoluções da cúpula na ausência de Arafat, embora coincidam com nossa posição" oficial, afirmou Abed Rabó.

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