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28/03/2002
-
17h02
da France Presse, em Beirute
O líder do movimento xiita libanês Hizbollah, o xeque Hassan Nasralá, considerou que o plano de paz adotado hoje na reunião de cúpula árabe em Beirute (Líbano) morreu antes de nascer, devido à negativa do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, de retirar-se dos territórios árabes ocupados desde 1967.
"Acho que a iniciativa fracassou desde o primeiro dia com a declaração de Sharon de que Israel nega-se a se retirar dos territórios que ocupa desde 1967. Essa retirada é a pedra fundamental da iniciativa saudita", declarou Nasralá em entrevista à Rádio France Internacional (RFI).
Sharon afirmou ontem que voltar às fronteiras anteriores à guerra israelense-árabe de junho de 1967 "destruiria Israel".
Segundo o xeque Nasralá, os resultados da reunião de cúpula de Beirute são "inferiores às aspirações das massas árabes que esperavam decisões mais firmes e eficazes, em particular no que se refere ao apoio da Intifada (revolta popular palestina contra a ocupação israelense) e à necessidade de conter o perigo que enfrenta o povo palestino".
Em sua opinião, estabelecer relações normais com Israel tal como propõe o plano de paz árabe é "um preço muito caro" em troca da retirada de Israel dos territórios árabes, da criação de um Estado palestino independente e do regresso dos refugiados palestinos.
"Os países árabes podem terminar a guerra com Israel sem por isso estabelecer relações" com o Estado hebreu, destacou.
Depois de recordar que Israel havia rejeitado o plano árabe pois daria lugar a "dois Estados palestinos" e portanto à destruição do Estado judeu, o xeque Nasralá julgou que efetivamente "o espaço geográfico não suporta dois Estados".
"É preciso criar um só Estado democrático na terra da Palestina, no qual vivam os palestinos muçulmanos, judeus e cristãos", disse o xeque Nasralá.
"Isto poderia parecer um pouco idealista, mas também é idealista o conceito de dois Estados viáveis nesta terra", concluiu.
Leia mais no especial Oriente Médio
Iniciativa de paz árabe morreu antes de nascer, diz Hizbollah
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O líder do movimento xiita libanês Hizbollah, o xeque Hassan Nasralá, considerou que o plano de paz adotado hoje na reunião de cúpula árabe em Beirute (Líbano) morreu antes de nascer, devido à negativa do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, de retirar-se dos territórios árabes ocupados desde 1967.
"Acho que a iniciativa fracassou desde o primeiro dia com a declaração de Sharon de que Israel nega-se a se retirar dos territórios que ocupa desde 1967. Essa retirada é a pedra fundamental da iniciativa saudita", declarou Nasralá em entrevista à Rádio France Internacional (RFI).
Sharon afirmou ontem que voltar às fronteiras anteriores à guerra israelense-árabe de junho de 1967 "destruiria Israel".
Segundo o xeque Nasralá, os resultados da reunião de cúpula de Beirute são "inferiores às aspirações das massas árabes que esperavam decisões mais firmes e eficazes, em particular no que se refere ao apoio da Intifada (revolta popular palestina contra a ocupação israelense) e à necessidade de conter o perigo que enfrenta o povo palestino".
Em sua opinião, estabelecer relações normais com Israel tal como propõe o plano de paz árabe é "um preço muito caro" em troca da retirada de Israel dos territórios árabes, da criação de um Estado palestino independente e do regresso dos refugiados palestinos.
"Os países árabes podem terminar a guerra com Israel sem por isso estabelecer relações" com o Estado hebreu, destacou.
Depois de recordar que Israel havia rejeitado o plano árabe pois daria lugar a "dois Estados palestinos" e portanto à destruição do Estado judeu, o xeque Nasralá julgou que efetivamente "o espaço geográfico não suporta dois Estados".
"É preciso criar um só Estado democrático na terra da Palestina, no qual vivam os palestinos muçulmanos, judeus e cristãos", disse o xeque Nasralá.
"Isto poderia parecer um pouco idealista, mas também é idealista o conceito de dois Estados viáveis nesta terra", concluiu.
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