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03/04/2002
-
08h30
da Folha de S.Paulo
O sionismo, movimento político e religioso pela fundação de um Estado judeu, surgiu no fim do século 19 em reação ao anti-semitismo e influenciado pelo nacionalismo na Europa.
No início do século 20, viviam na Palestina sob domínio do Império Otomano cerca de 500 mil muçulmanos e 50 mil judeus. Após a Primeira Guerra (1914-1918), a Palestina passou para mãos britânicas, cujo chanceler, Arthur Balfour, declarara em 1917 apoio à "instalação de um lar nacional judeu" no local.
A população judaica na Palestina chegou a cerca de 300 mil na década de 1930, causando reação violenta dos árabes. Pressionada, Londres restringiu a imigração judaica à região, mesmo com o avanço nazista na Europa.
Após o Holocausto, que matou cerca de 6 milhões judeus europeus, o movimento sionista ganhou força. A ONU aprovou a partilha da região em dois Estados, um judeu e outro palestino, com Jerusalém sob administração internacional. Os sionistas aceitaram a partilha, rechaçada pelos líderes árabes.
Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion declarou a fundação do Estado de Israel. No mesmo dia, os Exército de Jordânia, Egito, Síria, Iraque e Líbano atacaram o recém-fundado país.
Os palestinos receberam "refúgio temporário de países árabes durante a ofensiva, enquanto outros fugiram amedrontados por ações israelenses.
No fim da guerra (1949), Israel ocupou áreas cedidas pela ONU aos palestinos, principalmente na Galiléia. Gaza ficou sob domínio egípcio, e a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, sob domínio da Jordânia.
Milícias palestinas realizaram ataques contra Israel do Líbano, da Cisjordânia e de Gaza. Em 1967, após mobilização de tropas árabes a suas fronteiras, Israel fez uma ofensiva que terminou com a tomada de Gaza, Cisjordânia, colinas do Golã (da Síria) e deserto do Sinai (do Egito).
O Conselho de Segurança da ONU aprovou então resoluções pedindo a retirada de Israel em troca de seu reconhecimento por parte dos países árabes. Israel instalou uma administração militar nos territórios palestinos ocupados e começou a implantar colônias judaicas na região, contrárias às leis internacionais. Os palestinos intensificaram ações terroristas contra Israel.
Em 1973, durante o feriado judaico do Yom Kippur, Exércitos árabes deflagraram uma ofensiva de início bem-sucedida, mas que terminou com sua rendição.
Em 1977, Israel iniciou conversações com o Egito, que culminaram em um acordo de paz e a devolução do deserto do Sinai.
Em 1993, palestinos e israelenses iniciaram um processo de paz que previa retirada gradual de Israel dos territórios em troca de reconhecimento palestino do Estado judeu. Israel passou a se retirar paulatinamente dos centros urbanos palestinos.
Mas Israel seguiu expandindo suas colônias em Gaza e Cisjordânia, enquanto palestinos seguiram cometendo atentados.
Em julho de 2000, o líder palestino Iasser Arafat rejeitou uma proposta de acordo de paz de Israel, com devolução da quase totalidade de Gaza e Cisjordânia e representação palestina em Jerusalém. A questão da volta dos refugiados palestinos, que acabaria com a maioria judaica em Israel, era o principal entrave. A atual revolta palestina contra a ocupação israelense começou em setembro do mesmo ano.
Conheça a história do conflito árabe-israelense
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O sionismo, movimento político e religioso pela fundação de um Estado judeu, surgiu no fim do século 19 em reação ao anti-semitismo e influenciado pelo nacionalismo na Europa.
No início do século 20, viviam na Palestina sob domínio do Império Otomano cerca de 500 mil muçulmanos e 50 mil judeus. Após a Primeira Guerra (1914-1918), a Palestina passou para mãos britânicas, cujo chanceler, Arthur Balfour, declarara em 1917 apoio à "instalação de um lar nacional judeu" no local.
A população judaica na Palestina chegou a cerca de 300 mil na década de 1930, causando reação violenta dos árabes. Pressionada, Londres restringiu a imigração judaica à região, mesmo com o avanço nazista na Europa.
Após o Holocausto, que matou cerca de 6 milhões judeus europeus, o movimento sionista ganhou força. A ONU aprovou a partilha da região em dois Estados, um judeu e outro palestino, com Jerusalém sob administração internacional. Os sionistas aceitaram a partilha, rechaçada pelos líderes árabes.
Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion declarou a fundação do Estado de Israel. No mesmo dia, os Exército de Jordânia, Egito, Síria, Iraque e Líbano atacaram o recém-fundado país.
Os palestinos receberam "refúgio temporário de países árabes durante a ofensiva, enquanto outros fugiram amedrontados por ações israelenses.
No fim da guerra (1949), Israel ocupou áreas cedidas pela ONU aos palestinos, principalmente na Galiléia. Gaza ficou sob domínio egípcio, e a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, sob domínio da Jordânia.
Milícias palestinas realizaram ataques contra Israel do Líbano, da Cisjordânia e de Gaza. Em 1967, após mobilização de tropas árabes a suas fronteiras, Israel fez uma ofensiva que terminou com a tomada de Gaza, Cisjordânia, colinas do Golã (da Síria) e deserto do Sinai (do Egito).
O Conselho de Segurança da ONU aprovou então resoluções pedindo a retirada de Israel em troca de seu reconhecimento por parte dos países árabes. Israel instalou uma administração militar nos territórios palestinos ocupados e começou a implantar colônias judaicas na região, contrárias às leis internacionais. Os palestinos intensificaram ações terroristas contra Israel.
Em 1973, durante o feriado judaico do Yom Kippur, Exércitos árabes deflagraram uma ofensiva de início bem-sucedida, mas que terminou com sua rendição.
Em 1977, Israel iniciou conversações com o Egito, que culminaram em um acordo de paz e a devolução do deserto do Sinai.
Em 1993, palestinos e israelenses iniciaram um processo de paz que previa retirada gradual de Israel dos territórios em troca de reconhecimento palestino do Estado judeu. Israel passou a se retirar paulatinamente dos centros urbanos palestinos.
Mas Israel seguiu expandindo suas colônias em Gaza e Cisjordânia, enquanto palestinos seguiram cometendo atentados.
Em julho de 2000, o líder palestino Iasser Arafat rejeitou uma proposta de acordo de paz de Israel, com devolução da quase totalidade de Gaza e Cisjordânia e representação palestina em Jerusalém. A questão da volta dos refugiados palestinos, que acabaria com a maioria judaica em Israel, era o principal entrave. A atual revolta palestina contra a ocupação israelense começou em setembro do mesmo ano.
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