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03/04/2002
-
12h01
da Efe, em Bruxelas (Bélgica)
O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, requisitou hoje uma "nova mediação" internacional para tentar resolver a crise no Oriente Médio depois que o trabalho do emissário norte-americano, Anthony Zinni, "fracassou".
"Está claro que a mediação anterior fracassou e que precisamos de uma nova. A dos Estados Unidos não é suficiente. Esta é a realidade, a verdade. Precisamos sentar com os EUA, a União Européia, as Nações Unidas, a Rússia, os países árabes moderados e naturalmente palestinos e israelenses", disse Prodi.
"Não podemos tentar sair desta situação com soluções parciais", declarou Prodi, enfatizando que estudará esta noite as diferentes opções com os ministros de Exteriores da União Européia, na reunião de emergência que farão em Luxemburgo.
"Dessa situação sairemos apenas com uma mediação forte, que tenha autoridade e que seja partilhada", afirmou.
Prodi insistiu que "não pode haver uma solução militar para a crise" e que "a negociação é o único caminho possível".
O presidente da Comissão Européia pediu às duas partes do conflito, israelenses e palestinos, que cumpram a resolução 1.402 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que pede a paralisação imediata de todos os atos de violência, incluindo todos ações de terrorismo, provocação, incitação ou destruição.
"As duas partes devem aplicar de forma imediata um cessar-fogo", disse Prodi, enfatizando que o governo israelense "deve retirar suas forças das cidades palestinas, inclusive de Ramallah [Cisjordânia]".
Disse ainda que "a tensão está crescendo em muitos países do Oriente Médio" e que "se deve poupar a todo custo uma maior escalada da crise".
De acordo com ele, "a Autoridade Palestina, sob seu líder eleito, Iasser Arafat, é a única interlocutora válida".
Também garantiu que a União Européia "não tem intenção alguma" de utilizar o Acordo de Associação e Cooperação com Israel "como um instrumento de pressão ou de chantagem".
Mas "está claro que instrumentos de diálogo como este devem ser aprofundados e elaborados de forma conjunta", afirmou Prodi.
Sobre o confinamento do líder palestino em Ramallah, Prodi disse que "manter Arafat preso não reduz sua força".
Prodi declarou que "o poder da dimensão política de Arafat cresceu" desde que as autoridades israelenses o confinaram em Ramallah.
Por outro lado, o presidente da Comissão Européia afirmou que "a União Européia e seus Estados-membros devem fazer o possível para combater em casa o anti-semitismo".
"Nada, absolutamente nada, pode justificar a covardia de atos de vandalismo contra cemitérios e sinagogas judaicas. A Europa é uma união de minorias e não deve tolerar a discriminação racial, religiosa, filosófica ou política de qualquer tipo", disse.
Leia mais no especial Oriente Médio
Comissão Européia pede nova mediação internacional no Oriente Médio
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O presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, requisitou hoje uma "nova mediação" internacional para tentar resolver a crise no Oriente Médio depois que o trabalho do emissário norte-americano, Anthony Zinni, "fracassou".
"Está claro que a mediação anterior fracassou e que precisamos de uma nova. A dos Estados Unidos não é suficiente. Esta é a realidade, a verdade. Precisamos sentar com os EUA, a União Européia, as Nações Unidas, a Rússia, os países árabes moderados e naturalmente palestinos e israelenses", disse Prodi.
"Não podemos tentar sair desta situação com soluções parciais", declarou Prodi, enfatizando que estudará esta noite as diferentes opções com os ministros de Exteriores da União Européia, na reunião de emergência que farão em Luxemburgo.
"Dessa situação sairemos apenas com uma mediação forte, que tenha autoridade e que seja partilhada", afirmou.
Prodi insistiu que "não pode haver uma solução militar para a crise" e que "a negociação é o único caminho possível".
O presidente da Comissão Européia pediu às duas partes do conflito, israelenses e palestinos, que cumpram a resolução 1.402 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que pede a paralisação imediata de todos os atos de violência, incluindo todos ações de terrorismo, provocação, incitação ou destruição.
"As duas partes devem aplicar de forma imediata um cessar-fogo", disse Prodi, enfatizando que o governo israelense "deve retirar suas forças das cidades palestinas, inclusive de Ramallah [Cisjordânia]".
Disse ainda que "a tensão está crescendo em muitos países do Oriente Médio" e que "se deve poupar a todo custo uma maior escalada da crise".
De acordo com ele, "a Autoridade Palestina, sob seu líder eleito, Iasser Arafat, é a única interlocutora válida".
Também garantiu que a União Européia "não tem intenção alguma" de utilizar o Acordo de Associação e Cooperação com Israel "como um instrumento de pressão ou de chantagem".
Mas "está claro que instrumentos de diálogo como este devem ser aprofundados e elaborados de forma conjunta", afirmou Prodi.
Sobre o confinamento do líder palestino em Ramallah, Prodi disse que "manter Arafat preso não reduz sua força".
Prodi declarou que "o poder da dimensão política de Arafat cresceu" desde que as autoridades israelenses o confinaram em Ramallah.
Por outro lado, o presidente da Comissão Européia afirmou que "a União Européia e seus Estados-membros devem fazer o possível para combater em casa o anti-semitismo".
"Nada, absolutamente nada, pode justificar a covardia de atos de vandalismo contra cemitérios e sinagogas judaicas. A Europa é uma união de minorias e não deve tolerar a discriminação racial, religiosa, filosófica ou política de qualquer tipo", disse.
Leia mais no especial Oriente Médio
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