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08/04/2002 - 22h27

Ex-líder da ETA é condenado por tentar assassinar rei da Espanha

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da Efe, em Madri

O ex-dirigente do grupo terrorista ETA José Javier Arizkuren Ruiz, conhecido como "Kantauri", foi condenado hoje a 13 anos de prisão por um tribunal espanhol pela tentativa de assassinar o rei Juan Carlos em 1995.

Esta é a primeira sentença contra "Kantauri" na Espanha desde que foi entregue temporariamente pela França no dia 17 de dezembro do ano passado em virtude de um acordo de colaboração judicial entre os dois países. .

Em uma sentença notificada hoje, a Audiência Nacional (suprema corte) declara Arizkuren culpado por "um delito contra a Coroa em grau de conspiração" e por outro "de falsificação de documento oficial" ao ficar provado que "pactuou com outras pessoas", três delas anteriormente condenadas, "para matar premeditadamente o rei da Espanha resolvendo executar o crime contra a Coroa".

O tribunal, no entanto, poupou "Kantauri" de penas por pertencer ao grupo armado e depositar armas e explosivos, fatos pelos quais já tinha sido condenado na França.

"Kantauri", 43, considerado um dos principais dirigentes da ETA no final dos anos 1990, foi detido na França em 1999

Na sentença, o tribunal declara que "Kantauri" propôs em 1994 ao também integrante do grupo separatista Juan José Rego Vidal organizar um atentado contra o rei e que, ao longo de vários encontros mantidos nos meses seguintes, planejou com ele a ação e lhe entregou diversas quantidades de dinheiro para financiá-la.

Em fevereiro de 1995, Arizkuren, Rego e seu filho, Ignacio Rego, se reuniram em Paris e concordaram em alugar um navio, "A Belle Poule", viajar para a ilha de Mallorca e localizar um apartamento próximo ao lugar onde atracava o iate "Fortuna", propriedade da Casa Real da Espanha.

Meses depois, Arizkuren comunicou aos outros que "segundo a direção da ETA os objetivos seriam, por ordem de prioridades, o rei da Espanha, seu filho, o Príncipe de Astúrias, e o presidente do Governo, José María Aznar.

Em julho de 1995, "Kantauri" apresentou a Rego o atirador Jorge García Sertutxa, que seria o encarregado de disparar contra o rei, por saber operar espingarda com mira telescópica.

No dia 15 de julho, Rego, seu filho e García Sertutxa embarcaram na "A Belle Poule" em direção à Alcudia (Mallorca).

Entre o fim de julho e o início de agosto, García Sertutxa "teve o rei sob a mira de sua espingarda em três ocasiões", e só não disparou porque não tinha a fuga assegurada, segundo o tribunal.

Os três membros do comando fixaram o dia 13 de agosto, um domingo, como a data na qual cometeriam o atentado, mas todos eles foram detidos em 9 de agosto, e condenados em 1997 a 109 anos de prisão pela Audiência Nacional.

Leia mais no especial Espanha - País Basco
 

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