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11/04/2002 - 04h55

Israel procura voluntários no Brasil e na AL

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MARCELO STAROBINAS
da Folha de S.Paulo

Israel pediu nesta semana mais de mil voluntários do Brasil e do restante da América Latina para ajudar nos esforços de guerra do país.

Entre maio e junho próximos, brasileiros que entrarem para o programa vão trabalhar na retaguarda de bases militares israelenses -empacotando mochilas e alimentos para os soldados, por exemplo-, além de ajudar nas comunidades agrícolas (kibutzim) e em serviços de assistência social pelo país.

"Estamos chamando voluntários para cobrir a ausência dos reservistas [cerca de 20 mil] que foram convocados pelo Exército", disse Solange Gonberg, do departamento de "aliá" (imigração) da Agência Judaica (órgão oficial israelense que promove intercâmbio com jovens judeus da diáspora) em São Paulo.

Foram abertas inicialmente para a América Latina 400 vagas para serviços em bases militares, 200 para os kibutzim, 100 para a Magen David Adom (Estrela de Davi Vermelha, a versão israelense da Cruz Vermelha -os voluntários terão cursos de primeiros socorros ao chegar) e 350 para a atuação em instituições de ajuda a portadores de deficiência, autistas e idosos, entre outros.

"Apesar de tudo, é preciso seguir a vida normal no país. Por isso é preciso preencher essas vagas", acrescentou Gonberg. "Há uma falta de mão-de-obra não só na área social, como também na produção. A área agrícola, por exemplo, foi muito afetada."

Gonberg destaca que "não se trata de levar pessoas para guerrear", mas sim preencher a lacuna deixada por aqueles chamados pelo Exército de Israel.

O anúncio da Agência Judaica foi colocado em sites comunitários na terça-feira. Até a tarde de ontem, pelo menos dez pessoas já haviam entrado em contato com o escritório de São Paulo, mostrando interesse.

Qualquer integrante da comunidade judaica, de 17 a 65 anos e em bom estado de saúde, pode se inscrever no programa, com duração prevista de dois meses (maio e junho).

Durante o período, Israel dará alimentação e moradia aos voluntários -ainda não se sabe se a Agência Judaica pagará também as passagens aéreas.

Não é a primeira vez que Israel busca a ajuda de voluntários no exterior. Isso já aconteceu anteriormente, em outras ocasiões em que houve guerra no Oriente Médio, como na Guerra do Líbano, no início dos anos 80.

Naquela ocasião, porém, a Agência Judaica procurava profissionais cujas habilidades pudessem ser diretamente aproveitadas na situação de guerra, tais como médicos e enfermeiros.


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