Tailândia diz que há 30 mil desaparecidos em Mianmar

Cerca de 30 mil pessoas estão desaparecidas em Mianmar (antiga Birmânia) em decorrência da passagem do ciclone Nigris no sul do país, informou nesta terça-feira o ministro de Relações Exteriores da Tailândia, Noppadol Pattama.

Desde sexta-feira passada, cerca de 15 mil pessoas morreram no país por causa do estrago causado pelo ciclone tropical. Ontem, o governo de Mianmar confirmou o número de mortos e declarou que ao menos 10 mil morreram somente na cidade de Bogalay.

O chefe da diplomacia tailandesa fez a declaração depois de uma reunião com o embaixador Ye Win. O governo da Tailândia doou US$ 50 mil aos desabrigados em Mianmar e o Exército ofereceu alimentos e remédios como parte dos esforços humanitários ao país.

Milhares de pessoas estão desabrigadas por conta das inundações e da destruição causada pelo ciclone que devastou o sul de Mianmar entre sexta-feira e sábado (3).

Os sobreviventes enfrentam sua terceira noite sem eletricidade e sem distribuição de água depois que o ciclone varreu a região, fechando estradas e derrubando árvores.

A Junta Militar que governa o país, a qual mantém tensas relações com os EUA e União Européia por conta das pressões que recebe para a realização de reformas democráticas, aceitou o auxílio humanitário oferecido pelas nações ocidentais.

A ONU (Organização das Nações Unidas) vai prestar assistência às milhares de vítimas e desabrigados após a passagem do ciclone tropical. A ONU também quer mobilizar a ajuda financeira da comunidade internacional e propôs desbloquear dinheiro do Fundo de Intervenção de Emergência.

Está prevista para hoje a chegada da primeira carga de alimentos, remédios e demais material de emergência procedente da Tailândia.

No sábado, as autoridades declararam estado de emergência nas regiões de Yangun, Pegu e Irrawaddy, e nos Estados Karen e Mon.

Yangun, a antiga capital e a maior cidade do país com cerca de cinco milhões de habitantes, parece ter sido um campo de batalha, segundo relatos de testemunhas. Milhares de árvores foram derrubadas pelos fortes ventos, que atingiram uma velocidade superior a 190 km/h.

Com agências internacionais