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16/04/2002
-
06h03
da Folha de S.Paulo
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que na sexta-feira havia criticado duramente o então presidente deposto Hugo Chávez pelo enfrentamento aos meios de comunicação, ao qual atribuiu parte da responsabilidade por sua queda, disse ontem considerar "preocupante" a autocensura das TVs locais ao não noticiar os protestos pelo seu retorno ao poder, no sábado.
"O silêncio das TVs é preocupante para nós, porque poderíamos estar diante de um ato de autocensura por parte desses canais, que preferiram passar novelas e filmes, programas alheios ao que estava acontecendo", disse à Folha o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da organização, Rafael Molina.
Ele afirmou, porém, não ter dados suficientes para afirmar que tenha havido uma ação deliberada dos meios contra Chávez. "Ainda não contamos com informações fidedignas que nos inspirem confiança suficiente para fazer um pronunciamento. Estamos em estado de observação."
"É condenável que silenciem pela força, mas é condenável também que silenciem por temor", disse Molina, em referência às ameaças e depredações sofridas pelos canais de TV por manifestantes pró-Chávez na tarde e na noite de sábado.
O comunicado divulgado na sexta-feira pela SIP, assinado por seu presidente, Robert Cox, dizia que "Chávez é o maior responsável por não haver liberdade de imprensa no país". "A derrubada de Chávez" é um exemplo muito válido para o novo governo encabeçado por Pedro Carmona, que seguramente reverterá isso, respeitará a liberdade de imprensa e alentará a independência judicial, garantindo assim um período verdadeiramente democrático", afirmava o comunicado, pouco antes de Carmona anunciar a dissolução dos Três Poderes.
Segundo Rafael Molina, a SIP espera agora que Chávez "cumpra sua promessa de que irá retificar os erros". "Esperamos que a imprensa venezuelana reassuma seu papel conforme as coisas se normalizem", disse.
Em declarações durante entrevista coletiva ontem em Caracas, Chávez qualificou o golpe que sofreu como "um jogo midiático". Segundo ele, os militares que tentaram derrubá-lo utilizaram os meios de comunicação para se dirigir às tropas, enquanto o comandante-em-chefe das Forças Armadas, general Lucas Rincón Romero, "foi impedido, porque o sinal do canal estatal Venezuelana de Televisión foi derrubado".
Leia mais no especial Venezuela
TVs venezuelanas são criticadas por omitir protestos pró-Chávez
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A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que na sexta-feira havia criticado duramente o então presidente deposto Hugo Chávez pelo enfrentamento aos meios de comunicação, ao qual atribuiu parte da responsabilidade por sua queda, disse ontem considerar "preocupante" a autocensura das TVs locais ao não noticiar os protestos pelo seu retorno ao poder, no sábado.
"O silêncio das TVs é preocupante para nós, porque poderíamos estar diante de um ato de autocensura por parte desses canais, que preferiram passar novelas e filmes, programas alheios ao que estava acontecendo", disse à Folha o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da organização, Rafael Molina.
Ele afirmou, porém, não ter dados suficientes para afirmar que tenha havido uma ação deliberada dos meios contra Chávez. "Ainda não contamos com informações fidedignas que nos inspirem confiança suficiente para fazer um pronunciamento. Estamos em estado de observação."
"É condenável que silenciem pela força, mas é condenável também que silenciem por temor", disse Molina, em referência às ameaças e depredações sofridas pelos canais de TV por manifestantes pró-Chávez na tarde e na noite de sábado.
O comunicado divulgado na sexta-feira pela SIP, assinado por seu presidente, Robert Cox, dizia que "Chávez é o maior responsável por não haver liberdade de imprensa no país". "A derrubada de Chávez" é um exemplo muito válido para o novo governo encabeçado por Pedro Carmona, que seguramente reverterá isso, respeitará a liberdade de imprensa e alentará a independência judicial, garantindo assim um período verdadeiramente democrático", afirmava o comunicado, pouco antes de Carmona anunciar a dissolução dos Três Poderes.
Segundo Rafael Molina, a SIP espera agora que Chávez "cumpra sua promessa de que irá retificar os erros". "Esperamos que a imprensa venezuelana reassuma seu papel conforme as coisas se normalizem", disse.
Em declarações durante entrevista coletiva ontem em Caracas, Chávez qualificou o golpe que sofreu como "um jogo midiático". Segundo ele, os militares que tentaram derrubá-lo utilizaram os meios de comunicação para se dirigir às tropas, enquanto o comandante-em-chefe das Forças Armadas, general Lucas Rincón Romero, "foi impedido, porque o sinal do canal estatal Venezuelana de Televisión foi derrubado".
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