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16/04/2002
-
15h01
da France Presse, em Lima (Peru)
O empresário Pedro Carmona disse hoje à rádio Programas do Peru, por telefone de sua casa em Caracas, onde cumpre prisão domiciliar, que prestou juramento como presidente interino da Venezuela "para tentar preencher um vazio institucional que os acontecimentos criaram de forma acelerada".
Carmona afirmou não ter participado dos acontecimentos políticos anteriores, referindo-se ao golpe cívico-militar que derrubou o presidente Hugo Chávez, que acabou recuperando o cargo na madrugada de domingo (14).
"Frente ao chamado que me fizeram, tentei preencher com minha contribuição o vazio institucional que os acontecimentos acelerados criaram", disse Carmona, que ficou no poder durante menos de 48 horas. O empresário admitiu que o desenrolar dos fatos produziu acontecimentos que "não permitiram tomar um conjunto de medidas aceleradas, devido à natureza de controle em certas áreas" sociais e do governo.
Carmona repetiu seu chamado pela "convergência ou reunificação entre os venezuelanos". "O país está profundamente destroçado, por isso as palavras não são suficientes. Apenas os fatos mostrarão se isso é possível. O sensato é que a esperança de mudança se transforme em retificações profundas muito rapidamente. Do contrário, a Venezuela continuará vivendo uma situação profunda e complexa."
O empresário será processado por rebelião militar e usurpação de poderes. Sobre esse assunto, o empresário disse que "não há uma base de acusações feita oportunamente nem uma caracterização de crime que possa ser considerado rebelião, como não foi participar de um vazio institucional".
Questionado sobre os riscos que possa enfrentar, Carmona disse que a custódia da direção de inteligência policial "é mais do que suficiente para garantir minha vida e integridade". De qualquer modo, comentou que não deixará de se precaver, "porque não faltam fundamentalistas que possam pretender atentar" contra ele.
Carmona declarou que está bem de saúde e que foi bem tratado em sua reclusão inicial.
Leia mais no especial Venezuela
Carmona nega participação em golpe na Venezuela
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O empresário Pedro Carmona disse hoje à rádio Programas do Peru, por telefone de sua casa em Caracas, onde cumpre prisão domiciliar, que prestou juramento como presidente interino da Venezuela "para tentar preencher um vazio institucional que os acontecimentos criaram de forma acelerada".
Carmona afirmou não ter participado dos acontecimentos políticos anteriores, referindo-se ao golpe cívico-militar que derrubou o presidente Hugo Chávez, que acabou recuperando o cargo na madrugada de domingo (14).
"Frente ao chamado que me fizeram, tentei preencher com minha contribuição o vazio institucional que os acontecimentos acelerados criaram", disse Carmona, que ficou no poder durante menos de 48 horas. O empresário admitiu que o desenrolar dos fatos produziu acontecimentos que "não permitiram tomar um conjunto de medidas aceleradas, devido à natureza de controle em certas áreas" sociais e do governo.
Carmona repetiu seu chamado pela "convergência ou reunificação entre os venezuelanos". "O país está profundamente destroçado, por isso as palavras não são suficientes. Apenas os fatos mostrarão se isso é possível. O sensato é que a esperança de mudança se transforme em retificações profundas muito rapidamente. Do contrário, a Venezuela continuará vivendo uma situação profunda e complexa."
O empresário será processado por rebelião militar e usurpação de poderes. Sobre esse assunto, o empresário disse que "não há uma base de acusações feita oportunamente nem uma caracterização de crime que possa ser considerado rebelião, como não foi participar de um vazio institucional".
Questionado sobre os riscos que possa enfrentar, Carmona disse que a custódia da direção de inteligência policial "é mais do que suficiente para garantir minha vida e integridade". De qualquer modo, comentou que não deixará de se precaver, "porque não faltam fundamentalistas que possam pretender atentar" contra ele.
Carmona declarou que está bem de saúde e que foi bem tratado em sua reclusão inicial.
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