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19/04/2002
-
04h38
CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O retorno obtido pelo Itamaraty nas consultas em defesa da permanência do embaixador José Maurício Bustani na Opaq (Organização para a Proscrição de Armas Químicas) indica que o Brasil será voto vencido no domingo.
Nessa data, os 145 países do órgão votam o pedido dos EUA para demitir Bustani.
Segundo o chanceler Celso Lafer, países da Otan (aliança militar ocidental) e o Japão devem votar com os americanos. África, América Latina e a maioria dos países não desenvolvidos da Ásia não responderam à consulta do Brasil. Na interpretação do Itamaraty, esses países devem se abster.
Na opinião de Lafer, o afastamento de Bustani "será um impeachment sem o processo legal".
"Se a votação for positiva para ele, a Opaq entrará em uma crise financeira. Se for negativa, a organização vai ganhar uma fratura e terá de trabalhar na reconstrução de sua credibilidade, o que será muito difícil", disse Lafer.
Os EUA podem deixar a organização ou voltar a atrasar as contribuições. Segundo Lafer, os países europeus expressaram solidariedade pela defesa de Bustani, mas disseram que, sem a contribuição dos EUA, a Opaq não funciona.
Lafer disse que vai continuar apoiando Bustani, mas afirmou que não pretende transformar a discussão em um enfrentamento com os EUA.
"Claro que o mundo está muito difícil do jeito que está. Os EUA são uma potência e exercem seu poder financeiro e político. E eu como ministro tenho a obrigação, neste momento difícil, de buscar a melhor solução para o país e não se pode fazer isso sem levar em conta a correlação de forças do mundo", disse Lafer.
Segundo ele, não se pode comparar a atuação da diplomacia brasileira no caso Bustani com a reação do governo, mais afirmativa, à deposição do presidente Hugo Chávez na Venezuela, onde o Brasil, segundo Lafer, tem muito mais influência.
Itamaraty prevê derrota do brasileiro
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O retorno obtido pelo Itamaraty nas consultas em defesa da permanência do embaixador José Maurício Bustani na Opaq (Organização para a Proscrição de Armas Químicas) indica que o Brasil será voto vencido no domingo.
Nessa data, os 145 países do órgão votam o pedido dos EUA para demitir Bustani.
Segundo o chanceler Celso Lafer, países da Otan (aliança militar ocidental) e o Japão devem votar com os americanos. África, América Latina e a maioria dos países não desenvolvidos da Ásia não responderam à consulta do Brasil. Na interpretação do Itamaraty, esses países devem se abster.
Na opinião de Lafer, o afastamento de Bustani "será um impeachment sem o processo legal".
"Se a votação for positiva para ele, a Opaq entrará em uma crise financeira. Se for negativa, a organização vai ganhar uma fratura e terá de trabalhar na reconstrução de sua credibilidade, o que será muito difícil", disse Lafer.
Os EUA podem deixar a organização ou voltar a atrasar as contribuições. Segundo Lafer, os países europeus expressaram solidariedade pela defesa de Bustani, mas disseram que, sem a contribuição dos EUA, a Opaq não funciona.
Lafer disse que vai continuar apoiando Bustani, mas afirmou que não pretende transformar a discussão em um enfrentamento com os EUA.
"Claro que o mundo está muito difícil do jeito que está. Os EUA são uma potência e exercem seu poder financeiro e político. E eu como ministro tenho a obrigação, neste momento difícil, de buscar a melhor solução para o país e não se pode fazer isso sem levar em conta a correlação de forças do mundo", disse Lafer.
Segundo ele, não se pode comparar a atuação da diplomacia brasileira no caso Bustani com a reação do governo, mais afirmativa, à deposição do presidente Hugo Chávez na Venezuela, onde o Brasil, segundo Lafer, tem muito mais influência.
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