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24/04/2002
-
13h53
LIGIA BRASLAUSKAS
da Folha Online
Os 13 cardeais norte-americanos, reunidos pelo segundo dia consecutivo com o papa João Paulo 2º no Vaticano, concordaram hoje em aplicar a expulsão automática aos sacerdotes que, de agora em diante, se envolverem em escândalos sexuais. Com esta decisão -de expulsar, ao primeiro deslize, os religiosos que se envolverem em casos desse gênero- a Igreja católica tenta pôr fim a uma série de acusações de abuso sexual e pedofilia cometidos por religiosos e que já custaram mais de US$ de 1 bilhão em indenizações.
"Uma vez que o papa disse que não há lugar [na Igreja Católica] para sacerdotes que ferem crianças, temos então que trabalhar nesse sentido a partir de agora", disse o cardeal Theodore McCarrick, de Washington.
Questionado sobre se os cardeais estariam a favor de adotara essa mesma punição para os sacerdotes envolvidos em casos de abuso sexual [que não envolvam crianças], o cardeal McCarrick disse: "creio que sim".
O papa considera que a Igreja norte-americana cometeu erros no controle da situação "por uma falta de conhecimento geral da natureza do problema e em ocasiões pelos erros dos especialistas clínicos, que fizeram com que os bispos tomassem decisões equivocadas". João Paulo 2º disse também que não toleraria padres pedófilos dentro da igreja.
O encontro de João Paulo 2º com os cardeais norte-americanos, que durou dois dias, foi realizado com o intuito de discutir o grande número de acusações de abuso sexual que atinge a Igreja Católica nos Estados Unidos, mas serviu também para tratar do assunto em outras países, como Polônia e Alemanha.
Nos EUA, a Igreja Católica é acusada de transferir os religiosos envolvidos em casos de abuso de paróquia em paróquia a fim de acobertar padres pedófilos. A medida abalou a confiança dos fiéis norte-americanos em todo o país.
Os EUA são o terceiro país com maior número de católicos no mundo [65 milhões], depois do Brasil e do México. Além disso, a Igreja Católica é a maior organização não-governamental dos EUA -e provavelmente a que mais rende dividendos aos cofres do Vaticano.
Temas como homossexualismo entre religiosos católicos e celibato também estavam na pauta de discussão dos cardeais com o papa, mas foi dada prioridade para o tema que envolve abusos sexuais. Um documento oficial com a decisão dos cardeais deve ser divulgado ainda hoje.
Com agências internacionais
Leia mais no especial João Paulo 2º
Cardeais concordam em expulsar padres envolvidos em abuso sexual
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da Folha Online
Os 13 cardeais norte-americanos, reunidos pelo segundo dia consecutivo com o papa João Paulo 2º no Vaticano, concordaram hoje em aplicar a expulsão automática aos sacerdotes que, de agora em diante, se envolverem em escândalos sexuais. Com esta decisão -de expulsar, ao primeiro deslize, os religiosos que se envolverem em casos desse gênero- a Igreja católica tenta pôr fim a uma série de acusações de abuso sexual e pedofilia cometidos por religiosos e que já custaram mais de US$ de 1 bilhão em indenizações.
"Uma vez que o papa disse que não há lugar [na Igreja Católica] para sacerdotes que ferem crianças, temos então que trabalhar nesse sentido a partir de agora", disse o cardeal Theodore McCarrick, de Washington.
Questionado sobre se os cardeais estariam a favor de adotara essa mesma punição para os sacerdotes envolvidos em casos de abuso sexual [que não envolvam crianças], o cardeal McCarrick disse: "creio que sim".
O papa considera que a Igreja norte-americana cometeu erros no controle da situação "por uma falta de conhecimento geral da natureza do problema e em ocasiões pelos erros dos especialistas clínicos, que fizeram com que os bispos tomassem decisões equivocadas". João Paulo 2º disse também que não toleraria padres pedófilos dentro da igreja.
O encontro de João Paulo 2º com os cardeais norte-americanos, que durou dois dias, foi realizado com o intuito de discutir o grande número de acusações de abuso sexual que atinge a Igreja Católica nos Estados Unidos, mas serviu também para tratar do assunto em outras países, como Polônia e Alemanha.
Nos EUA, a Igreja Católica é acusada de transferir os religiosos envolvidos em casos de abuso de paróquia em paróquia a fim de acobertar padres pedófilos. A medida abalou a confiança dos fiéis norte-americanos em todo o país.
Os EUA são o terceiro país com maior número de católicos no mundo [65 milhões], depois do Brasil e do México. Além disso, a Igreja Católica é a maior organização não-governamental dos EUA -e provavelmente a que mais rende dividendos aos cofres do Vaticano.
Temas como homossexualismo entre religiosos católicos e celibato também estavam na pauta de discussão dos cardeais com o papa, mas foi dada prioridade para o tema que envolve abusos sexuais. Um documento oficial com a decisão dos cardeais deve ser divulgado ainda hoje.
Com agências internacionais
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