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28/04/2002
-
07h45
da Reuters
O adolescente que cometeu anteontem o pior massacre já ocorrido na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial integrava um clube de tiro e matou várias de suas 16 vítimas com um disparo certeiro na cabeça.
"Ele era claramente um atirador treinado", disse Bernhard Vogel, premiê (governador) do Estado da Turíngia, cuja capital é Erfurt, onde ocorreu o crime.
Robert Steinhaeuser, 19, cuja identidade foi divulgada ontem, invadiu sua ex-escola na sexta-feira e, nos cerca de 20 minutos que se seguiram, disparou 40 tiros de uma pistola antes de se suicidar. Ele também portava uma escopeta, mas não a utilizou.
De acordo com as investigações iniciais, Steinhaeuser possuía licença para as duas armas e para outras duas não localizadas.
Ontem, a cidade de 200 mil habitantes situada na antiga Alemanha Oriental e todo o país permaneciam em estado de choque, tentando compreender o que levou o estudante a matar 13 professores, dois alunos e um policial. Inicialmente, foi divulgado que haveria 17 vítimas, mas ontem o número foi retificado para 16.
Segundo a polícia, Steinhaeuser, vestido de preto e com uma máscara, foi contido por um professor que o agarrou, o empurrou para uma sala e trancou a porta.
O massacre acirrou o debate sobre a legislação de controle de armas da Alemanha, um país com cerca de 82 milhões de habitantes, 10 milhões de armas legalizadas e, segundo estimativa da polícia, o dobro de armas ilegais. No dia do crime, o Parlamento aprovou novas restrições às armas, embora o timing tenha sido coincidência.
Ontem, a opinião pública e os meios de comunicação pressionaram por um controle mais rígido de jogos de computador e vídeos de conteúdo violento. Material do tipo teria sido apreendido na casa de Steinhaeuser, em Erfurt.
Ele morava com a mãe, funcionária de um hospital, num apartamento há cerca de dez minutos da escola. Seus pais eram separados.
O estudante havia sido expulso da escola secundária Johann Gutenberg por falsificar certificados médicos para justificar excesso de faltas. Em 2001, ele já havia repetido de ano e, em 2002, devido à expulsão, estava impedido de prestar o Abitur, rigoroso exame requerido para entrar na universidade que estava sendo aplicado no momento do massacre.
A polícia acredita que ele tenha agido sozinho, mas investiga depoimentos de pessoas que afirmam ter visto outros dois atiradores. A polícia disse ter encontrado cerca de 500 balas escondidas num banheiro da escola e investiga a informação de que um ex-colega de Steinhaeuser teria recebido uma mensagem alertando-o a não comparecer à escola.
Autor do crime em escola integrava clube de tiro e tinha quatro armas
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O adolescente que cometeu anteontem o pior massacre já ocorrido na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial integrava um clube de tiro e matou várias de suas 16 vítimas com um disparo certeiro na cabeça.
"Ele era claramente um atirador treinado", disse Bernhard Vogel, premiê (governador) do Estado da Turíngia, cuja capital é Erfurt, onde ocorreu o crime.
Robert Steinhaeuser, 19, cuja identidade foi divulgada ontem, invadiu sua ex-escola na sexta-feira e, nos cerca de 20 minutos que se seguiram, disparou 40 tiros de uma pistola antes de se suicidar. Ele também portava uma escopeta, mas não a utilizou.
De acordo com as investigações iniciais, Steinhaeuser possuía licença para as duas armas e para outras duas não localizadas.
Ontem, a cidade de 200 mil habitantes situada na antiga Alemanha Oriental e todo o país permaneciam em estado de choque, tentando compreender o que levou o estudante a matar 13 professores, dois alunos e um policial. Inicialmente, foi divulgado que haveria 17 vítimas, mas ontem o número foi retificado para 16.
Segundo a polícia, Steinhaeuser, vestido de preto e com uma máscara, foi contido por um professor que o agarrou, o empurrou para uma sala e trancou a porta.
O massacre acirrou o debate sobre a legislação de controle de armas da Alemanha, um país com cerca de 82 milhões de habitantes, 10 milhões de armas legalizadas e, segundo estimativa da polícia, o dobro de armas ilegais. No dia do crime, o Parlamento aprovou novas restrições às armas, embora o timing tenha sido coincidência.
Ontem, a opinião pública e os meios de comunicação pressionaram por um controle mais rígido de jogos de computador e vídeos de conteúdo violento. Material do tipo teria sido apreendido na casa de Steinhaeuser, em Erfurt.
Ele morava com a mãe, funcionária de um hospital, num apartamento há cerca de dez minutos da escola. Seus pais eram separados.
O estudante havia sido expulso da escola secundária Johann Gutenberg por falsificar certificados médicos para justificar excesso de faltas. Em 2001, ele já havia repetido de ano e, em 2002, devido à expulsão, estava impedido de prestar o Abitur, rigoroso exame requerido para entrar na universidade que estava sendo aplicado no momento do massacre.
A polícia acredita que ele tenha agido sozinho, mas investiga depoimentos de pessoas que afirmam ter visto outros dois atiradores. A polícia disse ter encontrado cerca de 500 balas escondidas num banheiro da escola e investiga a informação de que um ex-colega de Steinhaeuser teria recebido uma mensagem alertando-o a não comparecer à escola.
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