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01/05/2002 - 06h15

Suposta presença de navio dos EUA é investigada pela Venezuela

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da Folha de S.Paulo

A Venezuela está investigando a suposta presença de um navio e duas aeronaves estrangeiras em águas internacionais perto do país no dia 13 de abril, durante o golpe de Estado que tirou o presidente Hugo Chávez do cargo por dois dias.

A investigação, após um relato publicado pelo jornal inglês "The Guardian", foi confirmada pelo comandante da Força Aérea, Angel Valecillos.

Segundo a reportagem, a Marinha dos EUA teria ajudado os golpistas por meio do envio de informações desde seus navios no Caribe e interferência em comunicações das embaixadas de Cuba, Líbia, Irã e Iraque.

"Apesar de termos as informações pelos sensores, temos que confirmar o propósito e a razão dessa informação", afirmou Valecillos. "Já estamos fazendo os trâmites respectivos para que se façam os esclarecimentos", disse.

Um porta-voz do Comando Sul dos EUA, responsável pelas operações das Forças Armadas nas Américas Central e do Sul, negou ontem as informações sobre a suposta ajuda da Marinha americana aos golpistas.

"O governo dos EUA não apóia golpes de Estado, e os militares dos EUA tampouco", afirmou o major Eddy Villavicencio.

O subsecretário de Estado americano para a América Latina, Otto Reich, acusado de ter se reunido com os golpistas meses antes em Washington, disse numa entrevista publicada ontem pelo jornal "El Nuevo Herald", de Miami, que pediu ao líder empresarial Pedro Carmona, que assumiu a Presidência por menos de 48 horas, uma "saída constitucional" para a crise.

Para ele, os EUA não saíram chamuscados do episódio por não terem condenado o golpe publicamente. "O certo é que os países latino-americanos, no Grupo do Rio, fizeram um chamado ao novo governo para realizar eleições. Isso é um reconhecimento de fato do novo governo. Nós não chegamos a tanto", afirmou Reich.

Para ele, desde que retomou a Presidência, tudo o que Chávez tem dito "está correto".

Recomendação
No dia 12 de abril, enquanto Chávez estava afastado da Presidência e Carmona era empossado em seu lugar, o banco de investimentos americano Merrill Lynch elevou a recomendação de compra de ações de companhias venezuelanas a seus clientes.

De "sem exposição" (investimento zero), a recomendação passou a "leve sobre ponderação de mercado", atribuindo a melhora à mudança de comando no país.


Com agências internacionais

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