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02/05/2002
-
16h36
da France Presse, em Jerusalém
O cardeal francês Roger Etchegaray reuniu-se hoje em Jerusalém com o presidente de Israel, Moshe Katzav, que aproveitou para criticar diante do enviado especial do papa João Paulo 2º "o silêncio do mundo cristão ante a presença de terroristas armados nesse lugar santo".
"Não é possível que a Igreja da Natividade possa servir de abrigo para os que assassinam israelenses e judeus", disse.
O cardeal francês, que chegou ontem à região, afirmou que viajou para "tentar encontrar uma solução que ponha fim ao cerco à igreja".
Etchegaray se encontrou depois com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, em seu quartel-general em ruínas de Ramallah, na Cisjordânia, esvaziado na noite de ontem pelo exército israelense depois de mais de um mês de cerco.
"A Divina Providência quis que eu estivesse ao lado do presidente (palestino) no dia em que recuperou a liberdade, podendo assegurar a Arafat que o papa reza por ele e pelo povo palestino que luta no sofrimento para que se chegue o mais rápido possível a uma paz justa e duradoura", disse o cardeal.
O Exército israelense cerca desde o dia 2 de abril o complexo da Igreja da Natividade, onde 200 palestinos se refugiaram, e exige a rendição de vários deles envolvidos -segundo Israel- em atentados terroristas.
Palestinos presentes na igreja acusaram soldados israelenses de terem provocado dois incêndios durante a noite em dois edifícios do complexo.
Mas o porta-voz do governo israelense, Dore Gold, acusou os palestinos de terem causado eles mesmos os incêndios.
Hoje seis ou sete pacifistas estrangeiros conseguiram entrar na basílica, declarada zona militar fechada pelo Exército israelense, levando alimentos.
Na terça-feira, o padre Raed Abushalia, chanceler do patriarcado latino de Jerusalém, declarou à agência Fides, do Vaticano, que a missão de monsenhor Etchegaray representava "a última oportunidade para resolver o impasse".
O cardeal disse também que pretendia se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
Leia mais no especial Oriente Médio
Emissário do papa inicia delicada missão na igreja da Natividade
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O cardeal francês Roger Etchegaray reuniu-se hoje em Jerusalém com o presidente de Israel, Moshe Katzav, que aproveitou para criticar diante do enviado especial do papa João Paulo 2º "o silêncio do mundo cristão ante a presença de terroristas armados nesse lugar santo".
"Não é possível que a Igreja da Natividade possa servir de abrigo para os que assassinam israelenses e judeus", disse.
O cardeal francês, que chegou ontem à região, afirmou que viajou para "tentar encontrar uma solução que ponha fim ao cerco à igreja".
Etchegaray se encontrou depois com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, em seu quartel-general em ruínas de Ramallah, na Cisjordânia, esvaziado na noite de ontem pelo exército israelense depois de mais de um mês de cerco.
"A Divina Providência quis que eu estivesse ao lado do presidente (palestino) no dia em que recuperou a liberdade, podendo assegurar a Arafat que o papa reza por ele e pelo povo palestino que luta no sofrimento para que se chegue o mais rápido possível a uma paz justa e duradoura", disse o cardeal.
O Exército israelense cerca desde o dia 2 de abril o complexo da Igreja da Natividade, onde 200 palestinos se refugiaram, e exige a rendição de vários deles envolvidos -segundo Israel- em atentados terroristas.
Palestinos presentes na igreja acusaram soldados israelenses de terem provocado dois incêndios durante a noite em dois edifícios do complexo.
Mas o porta-voz do governo israelense, Dore Gold, acusou os palestinos de terem causado eles mesmos os incêndios.
Hoje seis ou sete pacifistas estrangeiros conseguiram entrar na basílica, declarada zona militar fechada pelo Exército israelense, levando alimentos.
Na terça-feira, o padre Raed Abushalia, chanceler do patriarcado latino de Jerusalém, declarou à agência Fides, do Vaticano, que a missão de monsenhor Etchegaray representava "a última oportunidade para resolver o impasse".
O cardeal disse também que pretendia se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon.
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