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08/05/2002
-
22h16
da Folha Online
O gabinete de segurança de Israel decidiu na madrugada desta quinta-feira (horário local) autorizar o primeiro-ministro Ariel Sharon a lançar uma ofensiva por causa do atentado de um palestino suicida que matou 15 pessoas ontem perto de Tel Aviv.
Ainda não há detalhes de como será a ação, mas houve autorização para Sharon e o ministro da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, decidirem o que deve ser feito.
"O gabinete de segurança encarregou o primeiro-ministro e o ministro da Defesa empreender as ações que julgarem necessárias contra alvos terroristas", afirmou um curto comunicado da presidência do Conselho.
O gabinete se reuniu após Sharon antecipar sua volta a Israel, após encontro com o presidente norte-americano, George W. Bush. O ataque próximo de Tel Aviv aconteceu enquanto os dois se reuniam.
Movimento de tropas
Nesta quarta-feira, Israel já estava concentrando tropas perto da faixa de Gaza, no que poderia ser o início da resposta do país ao atentado suicida palestino de ontem, perto de Tel Aviv, que matou 15 israelenses, além do suicida, e feriu dezenas. Segundo Israel, o terrorista veio de Gaza.
Muitos ministros de direita de seu governo de união nacional defendem uma resposta dura ao ataque e até a expulsão do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, culpado por Israel pelo atentado de ontem.
Porém, pressionado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, Sharon estaria disposto a descartar medidas militares extremas ou a expulsão de Arafat. Membros mais moderados do governo, como o chanceler Shimon Peres (trabalhista), também se opõem a essa hipótese.
"Israel não se renderá ao terror. Os que pretendem nos matar acabarão sendo mortos antes", disse Sharon ao deixar os EUA.
Arafat
Arafat, pressionado por Israel e EUA, disse em árabe na rede de TV palestina ter dado ordens para as suas forças combaterem qualquer operação terrorista contra civis israelenses, realizadas por grupos palestinos. "Reitero o meu compromisso e a minha cooperação com os EUA e com a comunidade internacional na guerra ao terrorismo", disse ele.
Bush disse que a atitude de Arafat foi um "sinal incrivelmente positivo", mas disse que ele deve mostrar ação, não só retórica. Sobre Israel, disse que o país tem soberania para decidir a resposta ao ataque, mas pediu que Sharon "tenha sua visão de paz em mente" ao decidir que reação adotar.
Autoridades palestinas afirmaram que Arafat enfrenta dificuldades para combater o terrorismo, pois a infra-estrutura das forças de segurança palestinas foram destruídas na ofensiva israelense na Cisjordânia, iniciada em 29 de março após série de atentados.
O enviado da União Européia ao Oriente Médio, Miguel Moratinos, disse que a ANP prendeu 14 pessoas suspeitas de envolvimento com o atentado de ontem.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Oriente Médio
Gabinete de segurança dá OK para retaliação de Israel
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O gabinete de segurança de Israel decidiu na madrugada desta quinta-feira (horário local) autorizar o primeiro-ministro Ariel Sharon a lançar uma ofensiva por causa do atentado de um palestino suicida que matou 15 pessoas ontem perto de Tel Aviv.
Ainda não há detalhes de como será a ação, mas houve autorização para Sharon e o ministro da Defesa, Binyamin Ben-Eliezer, decidirem o que deve ser feito.
"O gabinete de segurança encarregou o primeiro-ministro e o ministro da Defesa empreender as ações que julgarem necessárias contra alvos terroristas", afirmou um curto comunicado da presidência do Conselho.
O gabinete se reuniu após Sharon antecipar sua volta a Israel, após encontro com o presidente norte-americano, George W. Bush. O ataque próximo de Tel Aviv aconteceu enquanto os dois se reuniam.
Movimento de tropas
Nesta quarta-feira, Israel já estava concentrando tropas perto da faixa de Gaza, no que poderia ser o início da resposta do país ao atentado suicida palestino de ontem, perto de Tel Aviv, que matou 15 israelenses, além do suicida, e feriu dezenas. Segundo Israel, o terrorista veio de Gaza.
Muitos ministros de direita de seu governo de união nacional defendem uma resposta dura ao ataque e até a expulsão do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, culpado por Israel pelo atentado de ontem.
Porém, pressionado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, Sharon estaria disposto a descartar medidas militares extremas ou a expulsão de Arafat. Membros mais moderados do governo, como o chanceler Shimon Peres (trabalhista), também se opõem a essa hipótese.
"Israel não se renderá ao terror. Os que pretendem nos matar acabarão sendo mortos antes", disse Sharon ao deixar os EUA.
Arafat
Arafat, pressionado por Israel e EUA, disse em árabe na rede de TV palestina ter dado ordens para as suas forças combaterem qualquer operação terrorista contra civis israelenses, realizadas por grupos palestinos. "Reitero o meu compromisso e a minha cooperação com os EUA e com a comunidade internacional na guerra ao terrorismo", disse ele.
Bush disse que a atitude de Arafat foi um "sinal incrivelmente positivo", mas disse que ele deve mostrar ação, não só retórica. Sobre Israel, disse que o país tem soberania para decidir a resposta ao ataque, mas pediu que Sharon "tenha sua visão de paz em mente" ao decidir que reação adotar.
Autoridades palestinas afirmaram que Arafat enfrenta dificuldades para combater o terrorismo, pois a infra-estrutura das forças de segurança palestinas foram destruídas na ofensiva israelense na Cisjordânia, iniciada em 29 de março após série de atentados.
O enviado da União Européia ao Oriente Médio, Miguel Moratinos, disse que a ANP prendeu 14 pessoas suspeitas de envolvimento com o atentado de ontem.
Com agências internacionais
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