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09/05/2002 - 12h16

Sobe para 32 o número de mortos em atentado na Rússia

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da Folha Online

O número de mortos no atentado ocorrido hoje em Kaspiysk, cidade portuária perto da Tchetchênia, subiu para 32 pessoas, entre elas 12 crianças, disseram as autoridades locais.

A Prefeitura de Kaspiysk, cidade situada no Daguestão, no Cáucaso, afirmou que o ato terrorista deixou 130 feridos, a maioria deles hospitalizados "em estado grave".

Uma bomba de grande poder de destruição, escondida em arbustos, a somente 300 metros da praça Maior de Kaspiysk, explodiu no momento em que um grupo da Infantaria da Marinha, seguida por várias crianças, passava pelo local.


Reuters
Policial observa manchas de sangue e pedaços de instrumentos musicais destruídos durante atentado a bomba que matou 32 pessoas no Daguestão



A banda acabava de participar do desfile militar na praça Maior, em função das comemorações do Dia da Vitória, festa nacional que foi ofuscada pelo atentado.

Segundo os serviços secretos do Daguestão, o artefato era uma mina anti-infantaria de grande potência, que pode conter até 12 kg de explosivos.

Esse tipo de mina, como a MON-200, têm um raio de ação de dez metros e um alcance de até 200 metros com uma efetividade de 90% e também podem ser acionadas por controle remoto.

O Daguestão faz fronteira com a Tchetchênia, onde os russos combatem há 31 meses os separatistas. Trata-se do atentado mais cruel sofrido pela Rússia em dois anos.

Segundo testemunhos, a avenida Lênin, onde aconteceu o atentado, estava manchada de sangue ao longo de 50 metros e os instrumentos musicais, destroçados e espalhados pelo chão.

O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu de imediato, classificando os autores do atentado de "malditos, para quem não existe nada sagrado", pessoas que, segundo ele, deveriam ser "tratadas como nazistas".

Em uma recepção no Kremlin, Putin afirmou: "Temos direito de tratá-los como nazistas porque o objetivo que têm é de semear a morte e matar".
O termo "malditos" também foi utilizado pelo presidente do conselho do Daguestão, Magomedali Magomedov, que se fez presente no local da tragédia e disse que os autores tinham de ser "eliminados".

Putin convocou de emergência no Kremlin os ministros da Defesa e do Interior e os chefes dos serviços de inteligência.

O presidente russo encarregou o chefe da FSB (ex-KGB) Nikolai Patruchev de ir ao lugar dos fatos para coordenar a investigação. Foi proclamado um dia de luto no Daguestão, anunciou o ministro da Política Étnica da república russa, Magomed Goussaiev.

Com agências internacionais
 

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