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09/05/2002
-
17h50
da Folha Online
Uma explosão causou a morte de 34 pessoas, entre elas 12 crianças, e deixou cerca de 130 feridos hoje, perto da praça central de Kaspiysk, na república russa do Daguestão, segundo o último balanço do Ministério russo de Situações de Emergência.
O atentado aconteceu às 9h45 (2h45 em Brasília) e foi causado por uma mina anti-infantaria de grande potência, que pode conter até 12 kg de explosivos. Ela explodiu no momento em que um ônibus, no qual viajava uma banda militar, passava pelo local.
A mina foi colocada em arbustos a 300 metros da praça principal da cidade, onde deveria acontecer uma cerimônia militar para comemorar o 57º aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.
O governo russo acredita que o atentado tenha sido realizado por guerrilheiros da Tchetchênia - que faz fronteira com o Daguestão -, onde os russos combatem os separatistas há 31 meses.
Reação
O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que o governo norte-americano está "triste" com o ataque e que condena "este ato covarde e violento".
No entanto, Boucher evitou ligar o atentado de hoje com a guerrilha tchetchênia. "Não acho que neste ponto nós podemos saber quem é responsável por essa atrocidade", disse o porta-voz. "Parece um plano terrorista e a primeira coisa a fazer é procurar, identificar e punir os criminosos."
Os Estados Unidos dizem que a guerrilha da Tchetchênia possui ligações com rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden - acusado de planejar os atentados de 11 de setembro contra Nova York e Washington.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou os autores do atentado de "malditos, para quem não existe nada sagrado". Segundo eles, os responsáveis pelo ataque deveriam ser "tratados como nazistas".
Em uma recepção no Kremlin, Putin afirmou: "Temos o direito de tratá-los como nazistas porque o objetivo que têm é de semear a morte e matar".
O termo "malditos" também foi utilizado pelo presidente do Conselho do Daguestão, Magomedali Magomedov, que visitou o local do atentado e disse que os autores tinham de ser "eliminados".
Putin convocou os ministros da Defesa e do Interior e os chefes dos serviços de inteligência para uma reunião de emergência no Kremlin.
O presidente russo encarregou o chefe da FSB (ex-KGB) Nikolai Patruchev de ir ao Daguestão para coordenar a investigação.
Com agências internacionais
Mortos em explosão na Rússia chegam a 34; EUA condenam ataque
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Uma explosão causou a morte de 34 pessoas, entre elas 12 crianças, e deixou cerca de 130 feridos hoje, perto da praça central de Kaspiysk, na república russa do Daguestão, segundo o último balanço do Ministério russo de Situações de Emergência.
O atentado aconteceu às 9h45 (2h45 em Brasília) e foi causado por uma mina anti-infantaria de grande potência, que pode conter até 12 kg de explosivos. Ela explodiu no momento em que um ônibus, no qual viajava uma banda militar, passava pelo local.
A mina foi colocada em arbustos a 300 metros da praça principal da cidade, onde deveria acontecer uma cerimônia militar para comemorar o 57º aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.
Reuters |
Policial observa manchas de sangue e pedaços de instrumentos musicais destruídos durante atentado a bomba que matou 34 pessoas no Daguestão |
Reação
O porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que o governo norte-americano está "triste" com o ataque e que condena "este ato covarde e violento".
No entanto, Boucher evitou ligar o atentado de hoje com a guerrilha tchetchênia. "Não acho que neste ponto nós podemos saber quem é responsável por essa atrocidade", disse o porta-voz. "Parece um plano terrorista e a primeira coisa a fazer é procurar, identificar e punir os criminosos."
Os Estados Unidos dizem que a guerrilha da Tchetchênia possui ligações com rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden - acusado de planejar os atentados de 11 de setembro contra Nova York e Washington.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou os autores do atentado de "malditos, para quem não existe nada sagrado". Segundo eles, os responsáveis pelo ataque deveriam ser "tratados como nazistas".
Em uma recepção no Kremlin, Putin afirmou: "Temos o direito de tratá-los como nazistas porque o objetivo que têm é de semear a morte e matar".
O termo "malditos" também foi utilizado pelo presidente do Conselho do Daguestão, Magomedali Magomedov, que visitou o local do atentado e disse que os autores tinham de ser "eliminados".
Putin convocou os ministros da Defesa e do Interior e os chefes dos serviços de inteligência para uma reunião de emergência no Kremlin.
O presidente russo encarregou o chefe da FSB (ex-KGB) Nikolai Patruchev de ir ao Daguestão para coordenar a investigação.
Com agências internacionais
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