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14/05/2002
-
12h26
da France Presse, em Roma
A Itália está disposta a receber "de um a três" dos 13 palestinos expulsos da igreja da Natividade, em Belém (Cisjordânia), anunciou hoje o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
A disponibilidade do governo italiano tem sido criticada por alguns setores da coligação governamental, entre eles a Liga do Norte, o partido xenófobo liderado por Umberto Bossi, ministro das Reformas.
"Oponho-me firmemente a receber alguns dos palestinos", afirmou o vice-presidente do Senado italiano, Roberto Calderoli, representante da Liga do Norte.
Berlusconi manifestou sua satisfação pelas decisões tomadas ontem, em Bruxelas (Bélgica), pelos ministros de Relações Exteriores da UE (União Européia), que concordaram em receber os 13 palestinos e ganhar tempo para definir as modalidades da operação.
Seis países -Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda e Bélgica- aceitaram receber os palestinos, considerados terroristas por Israel, mas somente depois que for definido seu status jurídico, que "deve ser o mesmo em todos os países onde forem recebidos".
Acordo
O acordo para o fim do cerco israelense à igreja da Natividadee, em Belém, foi estabelecido na quinta-feira (9) com a mediação de uma equipe da UE, que garantiu abrigo para os militantes em diversos países do continente.
O ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres, disse na sexta-feira (10) que os militantes têm "as mãos manchadas de sangue" e "cada país que concordar em recebê-los deve permanecer atento sobre eles".
Peres disse que Israel tem o direito de exigir a extradição dos 13 caso, por exemplo, algum país da UE deixe de vigiar os palestinos. Um diplomata israelense em Madri disse que o acordo não prevê que eles sejam presos, mas que sejam mantidos sob vigilância.
A UE vem tentando desenvolver um papel de mediador no Oriente Médio ao lado dos Estados Unidos. Mas Israel reclama do que chama de viés pró-palestino da Europa, que doou boa porção de verbas aos territórios palestinos.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, celebrou o acordo e disse esperar progressos no processo de paz no Oriente Médio. Ele agradeceu à União Européia e a diplomatas norte-americanos na região.
O acordo aconteceu uma semana depois de o líder palestino Iasser Arafat ter sido libertado da prisão domiciliar com ajuda do representante da política exterior da UE, Javier Solana, e do enviado da UE para o Oriente Médio, Miguel Moratinos.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Oriente Médio
Itália se dispõe a receber até três palestinos expulsos de Belém
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A Itália está disposta a receber "de um a três" dos 13 palestinos expulsos da igreja da Natividade, em Belém (Cisjordânia), anunciou hoje o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.
A disponibilidade do governo italiano tem sido criticada por alguns setores da coligação governamental, entre eles a Liga do Norte, o partido xenófobo liderado por Umberto Bossi, ministro das Reformas.
"Oponho-me firmemente a receber alguns dos palestinos", afirmou o vice-presidente do Senado italiano, Roberto Calderoli, representante da Liga do Norte.
Berlusconi manifestou sua satisfação pelas decisões tomadas ontem, em Bruxelas (Bélgica), pelos ministros de Relações Exteriores da UE (União Européia), que concordaram em receber os 13 palestinos e ganhar tempo para definir as modalidades da operação.
Seis países -Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda e Bélgica- aceitaram receber os palestinos, considerados terroristas por Israel, mas somente depois que for definido seu status jurídico, que "deve ser o mesmo em todos os países onde forem recebidos".
Acordo
O acordo para o fim do cerco israelense à igreja da Natividadee, em Belém, foi estabelecido na quinta-feira (9) com a mediação de uma equipe da UE, que garantiu abrigo para os militantes em diversos países do continente.
O ministro do Exterior de Israel, Shimon Peres, disse na sexta-feira (10) que os militantes têm "as mãos manchadas de sangue" e "cada país que concordar em recebê-los deve permanecer atento sobre eles".
Peres disse que Israel tem o direito de exigir a extradição dos 13 caso, por exemplo, algum país da UE deixe de vigiar os palestinos. Um diplomata israelense em Madri disse que o acordo não prevê que eles sejam presos, mas que sejam mantidos sob vigilância.
A UE vem tentando desenvolver um papel de mediador no Oriente Médio ao lado dos Estados Unidos. Mas Israel reclama do que chama de viés pró-palestino da Europa, que doou boa porção de verbas aos territórios palestinos.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, celebrou o acordo e disse esperar progressos no processo de paz no Oriente Médio. Ele agradeceu à União Européia e a diplomatas norte-americanos na região.
O acordo aconteceu uma semana depois de o líder palestino Iasser Arafat ter sido libertado da prisão domiciliar com ajuda do representante da política exterior da UE, Javier Solana, e do enviado da UE para o Oriente Médio, Miguel Moratinos.
Com agências internacionais
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