Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/05/2002 - 15h16

EUA interceptam sinais de suposto novo ataque terrorista, diz "NYT"

Publicidade

da Folha Online
da Folha de S. Paulo

A agência de inteligência norte-americana interceptou alguns sinais de que a rede terrorista Al Qaeda estaria organizando um novo ataque tão grande ou maior do que os atentados do 11 de setembro ocorridos nos Estados Unidos. A informação foi divulgada hoje no site do jornal norte-americano "The New York Times".

Fontes da inteligência norte-americana, segundo o jornal, disseram que as mensagens interceptadas são vagas e foram captadas nos últimos meses, mas que já servem para incomodar a comunicação dos terroristas.

Os oficiais descreveram ainda as mensagens como ambíguas. Um oficial da inteligência disse ontem, segundo o jornal, que os sinais, que estariam relacionados a um possível ataque na Europa, Península Arábica ou aos Estados Unidos, aumentaram no último mês.

Alguns destes sinais divulgados neste sábado foram obtidos com investigações junto aos combatentes capturados no Afeganistão.

Precedente

Um comunicado do governo norte-americano avisou as companhias aéreas, cinco meses antes do 11 de setembro, que pessoas oriundas do Oriente Médio poderiam tentar sequestrar aviões americanos e que as empresas deveriam "demonstrar um alto grau de alerta".

O alerta foi emitido depois do julgamento final de Ahmed Ressam, condenado no dia 6 de abril de 2001 por causa de um plano fracassado de explodir o aeroporto internacional de Los Angeles (Califórnia) durante a passagem de 1999 para 2000.

O memorando da FAA (agência de aviação civil dos EUA), datado de 18 de abril de 2001, também lembrava que quatro membros da Al Qaeda estavam, à época, enfrentando julgamento em Nova York por envolvimento com os ataques às embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia.

Previsto para expirar no dia 31 de julho, o alerta foi uma entre as mais de dez circulares expedidas no ano passado avisando sobre potenciais ataques terroristas _todos esses alertas com datas anteriores a 11 de setembro.

Autoridades do governo americano afirmam que as ameaças eram tão vagas que não inspiravam medidas mais severas de segurança. E elas também não davam razão à construção de um cenário hipotético como o ocorrido em setembro.

Defesa

Hoje, políticos do Partido Republicano aumentaram a carga na estratégia de defesa do presidente contra as críticas de que sua administração teria ignorado sinais que poderiam levar ao desmantelamento prévio dos ataques terroristas.

"Os americanos sabem que o presidente Bush, quando tem informações confiáveis sobre ameaças, atua de modo rápido e enérgico", disse o presidente do Partido Republicano, Marc Racicot, num e-mail enviado a simpatizantes do partido. "Qualquer crítica que sugerir o contrário está eivada de motivações políticas irresponsáveis", completou.

A FAA disse que a possibilidade de um ataque terrorista era alta, mas não havia ameaças específicas contra aeronaves dos EUA.

No dia 22 de junho do ano passado, um outro alerta da FAA, daquela vez datado para expirar no dia 22 de agosto, falava de um potencial ataque. Seria um possível sequestro para ser usado como moeda de troca numa negociação para liberar Omar Abdel Rahman, considerado um dos líderes do ataque a bomba ao World Trade Center em 1993.

Num alerta de 28 de agosto de 2001, com data para expirar em 30 de novembro daquele ano, a agência de aviação civil alertava que o conflito israelo-palestino trazia perigos aos vôos indo e vindo de Israel.

Para a FAA, a principal preocupação era um eventual ataque ao aeroporto internacional Ben Gurion, em Israel, e que esse ataque afetasse aviões dos EUA.

Colaboraram as agências internacionais
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página