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20/05/2002 - 07h42

Papa visitará o Azerbaijão e falará a muçulmanos e ortodoxos

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da France Presse, em Baku (Azerbaijão)

O papa João Paulo 2º chegará na quarta-feira (22) ao Azerbaijão, país de maioria muçulmana, onde se situa uma das maiores comunicades católicas do mundo, para uma curta visita, que lhe permitirá dirigir uma mensagem de paz e união ao encontro de muçulmanos e ortodoxos.

No campo político, o Azerbaijão -sempre em estado de guerra com a Armênia pela disputa do território de Nagorny-Karabakh- considera que a visita papal é indispensável para restabelecer o equilíbrio depois de sua peregrinação a Erevan no ano passado.

Reuters - 21.mai.2001
João Paulo 2º, 81, no Vaticano
O papa, que no último sábado completou 82 anos, decidiu fazer a viagem, à qual se seguirá uma visita à Bulgária, apesar de seu muito preocupante estado de saúde.

João Paulo 2º sofre do mal de Parkinson e de artrose no joelho direito.
O embaixador papal na região, monsenhor Claudio Gugarotti, disse que João Paulo 2º apresentará o Azerbaijão, estado laico de tradição em matéria de tolerância religiosa, como um exemplo para o resto do mundo.

"É uma encruzilhada entre Europa e Oriente e por tal motivo a mensagem de paz partirá daqui. O Azerbaijão será um símbolo da maneira como pessoas de religiões diferentes podem conviver juntas", disse Gugarotti em sua passagem por Baku no mês passado.

As frias relações entre o papa e a Igreja Ortodoxa russa serão tratadas na visita a Baku.

A Igreja Ortodoxa russa se recusa a permitir ao papa que realize uma visita à Rússia e acusa os católicos de proselitismo. Ex-república soviética, o Azerbaijão acolhe uma comunidade ortodoxa de quase 100 mil pessoas.

A uma semana da chegada do papa, os colaboradores de monsenhor Alexander, bispo da diocese ortodoxa de Baku e do Cáspio, em viagem ao estrangeiro, não puderam confirmar se ele se reunirá com João Paulo 2º.

O itinerário previsto para a visita do papa inclui um ponto muito político: a visita à Alameda das Testemunhas, monumento oficiosamente dedicado aos soldados do Azerbaijão que morreram na guerra de Karabakh entre 1989 e 1994.

 

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