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20/05/2002
-
15h10
da Folha Online
O subsecretário de Estado dos EUA, Richard Armitage, vai viajar à Índia e ao Paquistão em breve para tentar atenuar as tensões entre os rivais nucleares, que disputam a região da Caxemira, disse hoje o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Richard Boucher.
"Nós esperamos que o subsecretário de Estado, Richard Armitage, viaje à região em um futuro próximo. Não tenho detalhes de datas ainda", disse Boucher, acrescentando que Armitage vai à Índia e ao Paquistão.
Foi a primeira confirmação oficial da intenção de Armitage viajar à região.
A Índia e o Paquistão parecem estar envolvidos em uma escalada de tensões desde que uma nova operação suicida, realizada por rebeldes separatistas muçulmanos em 14 de maio, deixou um saldo de 35 pessoas mortas, em sua maioria civis, perto de Jammu, capital de inverno dessa província sob controle indiano.
Nova Déli afirmou que os três autores do ataque eram oriundos do Paquistão.
Meios diplomáticos ocidentais constataram que a Índia mantinha aberta a opção militar e que os jornais não excluíam uma operação limitada, inclusive em território paquistanês. Mas estimaram que as autoridades de Nova Déli mantinham, até então, uma "política lógica".
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, divulgou que viajaria pessoalmente à parte indiana da Caxemira -amanhã à noite a Jammu e quarta-feira (22) a Srinagar.
Vajpayee preparou um projeto político que consistia em organizar eleições na Caxemira indiana no outono.
Segundo fontes diplomáticas, a postura firme indiana tem como objetivo exercer pressão sobre os Estados Unidos para que façam o Paquistão entrar em um acordo, que segundo as mesmas fontes continua levando adiante uma "guerra por procuração" na Caxemira usando rebeldes fundamentalistas.
Em Islamabad, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ahmed Aziz Jan, rechaçou mais uma vez hoje as acusações indianas segundo as quais o Paquistão não faz nada para impedir os rebeldes de entrarem na Caxemira sob controle indiano, onde a população em sua maioria muçulmana.
A Índia controla cerca de 45% da Caxemira; o Paquistão, cerca de 33%; e a China, o restante.
A Índia acusa o Paquistão de incitar e armar separatistas na parte da Caxemira controlada pela Índia. O Paquistão nega e diz que dá apenas apoio moral à sua "luta legítima pela autodeterminação".
Doze grupos separatistas lutam contra forças indianas na região. Ao menos 33 mil pessoas morreram desde 1989. Segundo os separatistas, o número de mortos ultrapassa 80 mil.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
EUA vão enviar subsecretário de Estado à Índia e ao Paquistão
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O subsecretário de Estado dos EUA, Richard Armitage, vai viajar à Índia e ao Paquistão em breve para tentar atenuar as tensões entre os rivais nucleares, que disputam a região da Caxemira, disse hoje o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Richard Boucher.
"Nós esperamos que o subsecretário de Estado, Richard Armitage, viaje à região em um futuro próximo. Não tenho detalhes de datas ainda", disse Boucher, acrescentando que Armitage vai à Índia e ao Paquistão.
Foi a primeira confirmação oficial da intenção de Armitage viajar à região.
A Índia e o Paquistão parecem estar envolvidos em uma escalada de tensões desde que uma nova operação suicida, realizada por rebeldes separatistas muçulmanos em 14 de maio, deixou um saldo de 35 pessoas mortas, em sua maioria civis, perto de Jammu, capital de inverno dessa província sob controle indiano.
Nova Déli afirmou que os três autores do ataque eram oriundos do Paquistão.
Meios diplomáticos ocidentais constataram que a Índia mantinha aberta a opção militar e que os jornais não excluíam uma operação limitada, inclusive em território paquistanês. Mas estimaram que as autoridades de Nova Déli mantinham, até então, uma "política lógica".
O primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, divulgou que viajaria pessoalmente à parte indiana da Caxemira -amanhã à noite a Jammu e quarta-feira (22) a Srinagar.
Vajpayee preparou um projeto político que consistia em organizar eleições na Caxemira indiana no outono.
Segundo fontes diplomáticas, a postura firme indiana tem como objetivo exercer pressão sobre os Estados Unidos para que façam o Paquistão entrar em um acordo, que segundo as mesmas fontes continua levando adiante uma "guerra por procuração" na Caxemira usando rebeldes fundamentalistas.
Em Islamabad, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Ahmed Aziz Jan, rechaçou mais uma vez hoje as acusações indianas segundo as quais o Paquistão não faz nada para impedir os rebeldes de entrarem na Caxemira sob controle indiano, onde a população em sua maioria muçulmana.
A Índia controla cerca de 45% da Caxemira; o Paquistão, cerca de 33%; e a China, o restante.
A Índia acusa o Paquistão de incitar e armar separatistas na parte da Caxemira controlada pela Índia. O Paquistão nega e diz que dá apenas apoio moral à sua "luta legítima pela autodeterminação".
Doze grupos separatistas lutam contra forças indianas na região. Ao menos 33 mil pessoas morreram desde 1989. Segundo os separatistas, o número de mortos ultrapassa 80 mil.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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