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22/05/2002 - 07h57

Plano econômico de Sharon é aprovado pelo Parlamento israelense

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da France Presse, em Jerusalém

O Parlamento israelense aprovou hoje um plano de austeridade econômica do premiê Ariel Sharon, que os deputados haviam rejeitado em um primeiro momento na segunda-feira (20), provocando uma crise política.

O plano foi aprovado com 65 votos a favor, 26 contra e 7 abstenções. O partido ultra-ortodoxo Shass (17 deputados) não participou na votação, depois de pronunciar-se na segunda-feira contra esse projeto, causando sua rejeição.

Sharon, em reação a essa votação negativa, demitiu os quatro ministros do Shass, assim como os membros do governo pertencentes à Lista Unificada da Tora (cinco deputados), que também tinha votado contra.

Sharon informou que cancelaria as demissões se os ministros membros do Shass apoiassem o plano de austeridade econômica.

Segundo analistas, Sharon pode decidir agora se mantém os membros do Shass no governo ou amplia sua maioria restrita, tentando atrair partidos de extrema-direita e o partido laico centrista Shinui (seis deputados), que se absteve hoje, após ter votado contra o plano na segunda-feira.

Cortes
O plano de austeridade econômica tem o objetivo de financiar os gastos de segurança gerados pela Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) e propõe reduzir em US$ 2,6 bilhões o déficit orçamentário.

Para isso, prevê cortes em diversos orçamentos, um aumento das taxas sobre a gasolina e o fumo, um corte de US$ 200 milhões nos subsídios familiares e, a mais longo prazo, um imposto sobre os juros de capital.

Os resultados econômicos de Israel preocupam os cidadãos, já que o índice do custo de vida sofreu um aumento de 1,5% em maio, elevando a taxa de inflação anual a 3,9% e, neste ritmo, atingirá 8% neste ano, quando o objetivo do governo se situava em 4%.

Foi a redução das ajudas familiares em torno de US$ 200 milhões, prevista no plano, o que provocou a cólera do Shass.

Ontem, após a rejeição inicial do plano, Sharon chegou a falar sobre a possibilidade de convocar eleições gerais no segundo semestre, na pior crise de seu governo desde que assumiu o poder, em março de 2000.

"Não vou permitir aos membros do Shas [partido ultra-ortodoxo] que me chantageiem. Não se pode continuar assim, é preciso mostrar-lhes quem manda", afirmou Sharon, cuja legislatura só termina em outubro de 2003.

Com agências internacionais

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