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24/05/2002
-
06h36
da Reuters, em Sofia
O papa João Paulo 2º eximiu o governo búlgaro de qualquer responsabilidade pelo atentado à bala que sofreu em 1981.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro, o papa teria se declarado céptico quanto à existência de uma "conexão búlgara" durante reunião que manteve com o presidente Georgi Parvanov no segundo dia de sua visita àquele país.
No dia 13 de maio de 1981, o turco Mehmet Ali Agca disparou contra João Paulo 2º, na Praça de São Pedro. Ali Agca, disse que recebeu dinheiro do serviço secreto búlgaro para matar o papa polonês e evitar que ele incentivasse uma revolta contra o comunismo. A Justiça italiana absolveu três turcos e três búlgaros acusados de conspiração, mas a teoria continuou pairando.
"Agora posso dizer que o Santo Padre, na reunião com o presidente, expressou sua visão sobre o tema. Ele disse literalmente: 'Nunca acreditei na chamada conexão búlgara´", afirmou seu porta-voz, Joaquin Navarro-Valls.
O atentado marcou o início do declínio da saúde do papa, que hoje, aos 82 anos, está visivelmente frágil. Ele sofre de mal de Parkinson, o que restringe sua mobilidade, prejudica sua fala e faz uma mão tremer incontrolavelmente.
Em outro gesto de simpatia com os búlgaros, João Paulo 2º participou das homenagens no dia dos santos Cirilo e Metódio, padroeiros do país, que há 1.100 anos converteram os eslavos ao cristianismo e inventaram um alfabeto para traduzir a Bíblia, até hoje usado na Rússia, Bulgária e outros países da região.
O papa voltou a repetir seus apelos pelo fim da divisão entre católicos e ortodoxos, iniciada no cisma de 1054. Os líderes religiosos búlgaros ofereceram uma recepção cordial, mas não efusiva, ao pontífice, refletindo a desconfiança de que suas viagens pastorais são uma tentativa de roubar fiéis da Igreja Ortodoxa.
A Bulgária tem 80 mil católicos e 6,4 milhões de ortodoxos.
No domingo (26), o papa visitará o principal reduto católico da Bulgária, Plovdiv. Será o fim da 96ª viagem internacional de seu pontificado, que o levou também ao muçulmano Azerbaidjão.
Hoje, ao reunir-se com Parvanov, o papa parecia razoavelmente alerta. Ele também encontrou o patriarca Maxim, chefe da Igreja Ortodoxa, e líderes muçulmanos e judeus. João Paulo 2º elogiou a tolerância religiosa e defendeu a entrada da Bulgária na União Européia.
Leia mais no especial João Paulo 2º
Papa inocenta governo búlgaro de participação em atentado
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O papa João Paulo 2º eximiu o governo búlgaro de qualquer responsabilidade pelo atentado à bala que sofreu em 1981.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro, o papa teria se declarado céptico quanto à existência de uma "conexão búlgara" durante reunião que manteve com o presidente Georgi Parvanov no segundo dia de sua visita àquele país.
No dia 13 de maio de 1981, o turco Mehmet Ali Agca disparou contra João Paulo 2º, na Praça de São Pedro. Ali Agca, disse que recebeu dinheiro do serviço secreto búlgaro para matar o papa polonês e evitar que ele incentivasse uma revolta contra o comunismo. A Justiça italiana absolveu três turcos e três búlgaros acusados de conspiração, mas a teoria continuou pairando.
"Agora posso dizer que o Santo Padre, na reunião com o presidente, expressou sua visão sobre o tema. Ele disse literalmente: 'Nunca acreditei na chamada conexão búlgara´", afirmou seu porta-voz, Joaquin Navarro-Valls.
O atentado marcou o início do declínio da saúde do papa, que hoje, aos 82 anos, está visivelmente frágil. Ele sofre de mal de Parkinson, o que restringe sua mobilidade, prejudica sua fala e faz uma mão tremer incontrolavelmente.
Em outro gesto de simpatia com os búlgaros, João Paulo 2º participou das homenagens no dia dos santos Cirilo e Metódio, padroeiros do país, que há 1.100 anos converteram os eslavos ao cristianismo e inventaram um alfabeto para traduzir a Bíblia, até hoje usado na Rússia, Bulgária e outros países da região.
O papa voltou a repetir seus apelos pelo fim da divisão entre católicos e ortodoxos, iniciada no cisma de 1054. Os líderes religiosos búlgaros ofereceram uma recepção cordial, mas não efusiva, ao pontífice, refletindo a desconfiança de que suas viagens pastorais são uma tentativa de roubar fiéis da Igreja Ortodoxa.
A Bulgária tem 80 mil católicos e 6,4 milhões de ortodoxos.
No domingo (26), o papa visitará o principal reduto católico da Bulgária, Plovdiv. Será o fim da 96ª viagem internacional de seu pontificado, que o levou também ao muçulmano Azerbaidjão.
Hoje, ao reunir-se com Parvanov, o papa parecia razoavelmente alerta. Ele também encontrou o patriarca Maxim, chefe da Igreja Ortodoxa, e líderes muçulmanos e judeus. João Paulo 2º elogiou a tolerância religiosa e defendeu a entrada da Bulgária na União Européia.
Leia mais no especial João Paulo 2º
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