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24/05/2002 - 10h54

Powell classifica de perigosa crise entre Índia e Paquistão

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da France Presse, em Moscou (Rússia)

O chefe da diplomacia americana, Colin Powell, classificou a atual crise entre a Índia e o Paquistão de "muito perigosa" e se declarou decidido a obrigar esses dois países a "retrocederem".

"A situação é muito perigosa e espero que as duas partes se dêem conta de que estão em um ponto muito crítico. E nós vamos fazê-los retroceder", declarou Powell, em coletiva de imprensa, em Moscou.

Reuters - 25.jul.2001
Colin Powell, secretário de Estado dos EUA
Powell afirmou ter se reunido hoje com o presidente paquistanês, Pervez Musharraf, e que pretendia conversar posteriormente com o chefe da diplomacia indiana, Jaswant Singh.

A Índia e o Paquistão mantêm cerca de 1 milhão de soldados na fronteira desde dezembro, quando um esquadrão de supostos separatistas invadiu o Parlamento indiano e provocou um massacre. Nova Déli acusa os vizinhos de incentivarem essas ações, mas o governo de Islamabad admite apenas apoio diplomático à causa separatista.

A situação se agravou após um atentado na semana passada, que matou mais de 30 pessoas na parte indiana da Caxemira.

O secretário-geral da Organização das ONU (Organiação das Nações Unidas), Kofi Annan, considerou a situação alarmante e pediu uma "ação vigorosa" ao presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, que na quarta-feira (22) renovou a promessa feita em janeiro de combater os militantes islâmicos, inclusive na parte paquistanesa da Caxemira.

Analistas indianos receberam essa notícia com otimismo, mas disseram que as autoridades devem esperar ações reais de Musharraf. O fim de semana prolongado de Vajpaye, na localidade montanhosa de Manali, é visto como um sinal de que a guerra agora não é iminente.

Apesar disso, o Paquistão colocou sua capital em pé de guerra ontem, cancelando todas as folgas de funcionários públicos e convocando voluntários para cursos de primeiros-socorros e combate a incêndios.

Para fortalecer ainda mais a vigilância na fronteira, mais de 4.000 soldados paquistaneses das tropas de paz da ONU em Serra Leoa (África) foram chamados de volta, e o governo não descarta abandonar a ajuda militar aos Estados Unidos na caça a militantes dos grupos Taleban e Al Qaeda.

A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão um terço, e a China o resto. Os muçulmanos são maioria na região, e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da área. A Índia prefere a mediação internacional.

Com agências internacionais

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