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26/05/2002
-
09h07
da Folha Online
O avião da China Airlines desintegrou no ar em quatro grandes pedaços antes de cair no mar ontem com 225 pessoas a bordo, disse hoje Kay Yong, diretor do Conselho de Segurança Aérea de Taiwan.
Um radar militar mostrou a imagem do Boeing 747-200 se partindo em quatro pedaços, pouco depois de decolar de Taiwan rumo a Hong Kong, declarou Yong.
"Nós estamos certos de que o avião desintegrou a mais de 9.000 metros [de altitude]", afirmou Yong.
Não foram encontrados sobreviventes e não há uma versão oficial da causa do acidente.
Especialistas de aviação apresentaram várias possibilidades: uma explosão interna, uma despressurização repentina da cabine, uma colisão em pleno ar ou mesmo um acidente militar.
A Administração Civil Aeronáutica de Taiwan disse hoje que localizou as duas caixas-pretas do avião, que poderão ajudar a explicar o repentino desaparecimento do Boeing 747-200, cerca de 20 minutos depois da decolagem e sob céu claro.
Segundo Yong, tudo antes do desaparecimento do avião estava "muito, muito normal", e agora eles precisam das caixas para ver o que aconteceu nos minutos cruciais antes do desastre.
Um médico disse que os corpos resgatados até agora mostram ossos quebrados, mas nenhuma queimadura aparente.
O conselho de segurança entrou em contato com a Comissão de Segurança do Transporte Nacional dos Estados Unidos, a empresa Boeing e o fabricante de motor Pratt and Whitney.
Uma equipe da Boeing deve chegar a Taiwan na noite de hoje, e a Administração Civil da Aeronáutica anunciou que os quatro aviões 747-200 restantes, todos aviões de carga, vão permanecer em terra até que a Boeing possa examiná-los.
Resgate
As equipes de busca já resgataram 78 corpos do mar e identificaram 20 vítimas, afirmou hoje a Aviação Civil de Taiwan. Ontem, autoridades taiwanesas haviam informado o resgate de cem corpos.
O avião caiu na região da ilha de Penghun, a cerca de 100 km a oeste de Taiwan.
A Marinha de Taiwan realizou operações de busca de sobreviventes durante toda a madrugada, mas não teve sucesso.
O diretor da Aviação Civil de Taiwan considera "muito improvável" encontrar alguém com vida.
Equipes de resgate encontraram ainda coletes salva-vidas e a porta da cabine e observaram manchas de combustível na água da ilha de Penghu, também conhecida como Pescadores.
Dos 206 passageiros, 190 eram de Taiwan, 14 de Hong Kong e um de Cingapura. Havia ainda um europeu, mas sua nacionalidade não foi confirmada.
O vôo CI 611 da China Airlines, com 19 tripulantes e 206 passageiros, incluindo três crianças, tinha decolado ontem de Taipé às 15h08 (4h08, em Brasília) e desapareceu do radar cerca de 20 minutos depois.
A chegada da aeronave a Hong Kong estava prevista para 16h40 (5h40, em Brasília). Segundo um oficial da China Airlines, não houve pedido de socorro.
Histórico
Foi o quarto acidente fatal da China Airlines desde 1994, e o terceiro desastre aéreo de grandes proporções na Ásia desde abril, quando um Boeing-767 da Air China, que ia de Pequim (China) a Pusan (Coréia do Sul), atingiu uma montanha, matando 128 das 166 pessoas a bordo. No dia 7 de maio, um MD-82 da China Northern caiu no mar perto de Dalian, na China, matando todas as 112 pessoas que estavam a bordo.
O último acidente da China Airlines aconteceu no dia 22 de agosto de 1999, quando um MD-11 virou e pegou fogo durante aterrissagem em Hong Kong, matando três pessoas.
Em fevereiro de 1998, um Airbus 300-600 da China Airlines caiu sobre várias casas quando tentava aterrissar em Taipé, matando 196 passageiros e tripulantes e seis pessoas em terra. Até ontem, esse era o acidente aéreo mais grave de Taiwan.
No acidente aéreo importante mais recente em Taiwan, um avião da Singapore Airlines caiu no aeroporto de Taipé em outubro de 2000, causando a morte de 83 das 179 pessoas a bordo.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Risco no Ar
Taiwan diz que avião desintegrou no ar antes de cair no mar
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O avião da China Airlines desintegrou no ar em quatro grandes pedaços antes de cair no mar ontem com 225 pessoas a bordo, disse hoje Kay Yong, diretor do Conselho de Segurança Aérea de Taiwan.
Um radar militar mostrou a imagem do Boeing 747-200 se partindo em quatro pedaços, pouco depois de decolar de Taiwan rumo a Hong Kong, declarou Yong.
"Nós estamos certos de que o avião desintegrou a mais de 9.000 metros [de altitude]", afirmou Yong.
Não foram encontrados sobreviventes e não há uma versão oficial da causa do acidente.
Especialistas de aviação apresentaram várias possibilidades: uma explosão interna, uma despressurização repentina da cabine, uma colisão em pleno ar ou mesmo um acidente militar.
A Administração Civil Aeronáutica de Taiwan disse hoje que localizou as duas caixas-pretas do avião, que poderão ajudar a explicar o repentino desaparecimento do Boeing 747-200, cerca de 20 minutos depois da decolagem e sob céu claro.
Segundo Yong, tudo antes do desaparecimento do avião estava "muito, muito normal", e agora eles precisam das caixas para ver o que aconteceu nos minutos cruciais antes do desastre.
Um médico disse que os corpos resgatados até agora mostram ossos quebrados, mas nenhuma queimadura aparente.
O conselho de segurança entrou em contato com a Comissão de Segurança do Transporte Nacional dos Estados Unidos, a empresa Boeing e o fabricante de motor Pratt and Whitney.
Uma equipe da Boeing deve chegar a Taiwan na noite de hoje, e a Administração Civil da Aeronáutica anunciou que os quatro aviões 747-200 restantes, todos aviões de carga, vão permanecer em terra até que a Boeing possa examiná-los.
Resgate
As equipes de busca já resgataram 78 corpos do mar e identificaram 20 vítimas, afirmou hoje a Aviação Civil de Taiwan. Ontem, autoridades taiwanesas haviam informado o resgate de cem corpos.
O avião caiu na região da ilha de Penghun, a cerca de 100 km a oeste de Taiwan.
A Marinha de Taiwan realizou operações de busca de sobreviventes durante toda a madrugada, mas não teve sucesso.
O diretor da Aviação Civil de Taiwan considera "muito improvável" encontrar alguém com vida.
Equipes de resgate encontraram ainda coletes salva-vidas e a porta da cabine e observaram manchas de combustível na água da ilha de Penghu, também conhecida como Pescadores.
Dos 206 passageiros, 190 eram de Taiwan, 14 de Hong Kong e um de Cingapura. Havia ainda um europeu, mas sua nacionalidade não foi confirmada.
O vôo CI 611 da China Airlines, com 19 tripulantes e 206 passageiros, incluindo três crianças, tinha decolado ontem de Taipé às 15h08 (4h08, em Brasília) e desapareceu do radar cerca de 20 minutos depois.
A chegada da aeronave a Hong Kong estava prevista para 16h40 (5h40, em Brasília). Segundo um oficial da China Airlines, não houve pedido de socorro.
Histórico
Foi o quarto acidente fatal da China Airlines desde 1994, e o terceiro desastre aéreo de grandes proporções na Ásia desde abril, quando um Boeing-767 da Air China, que ia de Pequim (China) a Pusan (Coréia do Sul), atingiu uma montanha, matando 128 das 166 pessoas a bordo. No dia 7 de maio, um MD-82 da China Northern caiu no mar perto de Dalian, na China, matando todas as 112 pessoas que estavam a bordo.
O último acidente da China Airlines aconteceu no dia 22 de agosto de 1999, quando um MD-11 virou e pegou fogo durante aterrissagem em Hong Kong, matando três pessoas.
Em fevereiro de 1998, um Airbus 300-600 da China Airlines caiu sobre várias casas quando tentava aterrissar em Taipé, matando 196 passageiros e tripulantes e seis pessoas em terra. Até ontem, esse era o acidente aéreo mais grave de Taiwan.
No acidente aéreo importante mais recente em Taiwan, um avião da Singapore Airlines caiu no aeroporto de Taipé em outubro de 2000, causando a morte de 83 das 179 pessoas a bordo.
Com agências internacionais
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