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26/05/2002
-
23h34
France Presse, em Bogotá
O advogado de direita Alvaro Uribe, eleito hoje para a Presidência da Colômbia, é um homem marcado pela morte violenta de seu pai, em 1983, vítima da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que promete combater com mão firme.
Uribe, de 49 anos, que concorreu pelo opositor Partido Liberal, baseou sua campanha na necessidade de se enfrentar com autoridade os grupos rebeldes de esquerda e direita que atuam em várias regiões do país.
O presidente eleito teve que realizar sua campanha sob severas medidas de segurança, ampliadas após o atentado a bomba realizado no dia 14 de abril passado.
As Farc, que colocaram a cabeça de Uribe a prêmio pela quantia de US$ 400 mil, tentaram matar o então candidato em pelo menos 15 ocasiões nos últimos doze meses.
Após o assassinato do pai, o fazendeiro e líder político Alberto Uribe Sierra, Uribe endureceu sua posição com os rebeldes como prefeito de Medellin, congressista e governador do departamento de Antioquia (noroeste).
Graduado em 1993 em administração e gerência pela Universidade de Harvard, onde também estudou negociação de conflitos, Uribe afirmou que não aceitará "adesões ou vetos" de paramilitares ou guerrilheiros.
Uribe também advertiu que só negociará com a guerrilha após a suspensão dos ataques contra civis e a infra-estrutura nacional.
Casado com a filósofa Lina Moreno e pai de Tomás e Jerónimo, Uribe conseguiu hoje a façanha de se eleger no primeiro turno como candidato independente, algo sem precedentes na história da Colômbia.
Como prefeito de Medellín (1982/86) e governador de Antioquia (1995/97), Uribe sempre defendeu a força "legítima" para derrotar guerrilha, paramilitares, narcotraficantes e outras organizações criminosas.
Como governador, Uribe promoveu em Antioquia a criação de "cooperativas" de civis com o propósito de ajudar as forças policiais a combater o crime organizado, o que lhe valeu severas críticas das organizações humanitárias. Segundo estas organizações, vários membros das "cooperativas" passaram em seguida para os grupos paramilitares que combatem a guerrilha.
Como candidato a presidente, Uribe prometeu convocar mais de um milhão de civis para auxiliar as Forças Armadas, o que agora poderá reviver as "cooperativas" de Antioquia.
Durante a campanha, Uribe disse frequentemente que a chave do sucesso era "trabalhar, trabalhar e trabalhar" e prometeu exigir enorme dedicação de seus colaboradores em sua presidência.
Leia mais no especial Colômbia
Pai do novo presidente da Colômbia foi morto pelas Farc em 83
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O advogado de direita Alvaro Uribe, eleito hoje para a Presidência da Colômbia, é um homem marcado pela morte violenta de seu pai, em 1983, vítima da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que promete combater com mão firme.
Uribe, de 49 anos, que concorreu pelo opositor Partido Liberal, baseou sua campanha na necessidade de se enfrentar com autoridade os grupos rebeldes de esquerda e direita que atuam em várias regiões do país.
O presidente eleito teve que realizar sua campanha sob severas medidas de segurança, ampliadas após o atentado a bomba realizado no dia 14 de abril passado.
As Farc, que colocaram a cabeça de Uribe a prêmio pela quantia de US$ 400 mil, tentaram matar o então candidato em pelo menos 15 ocasiões nos últimos doze meses.
Após o assassinato do pai, o fazendeiro e líder político Alberto Uribe Sierra, Uribe endureceu sua posição com os rebeldes como prefeito de Medellin, congressista e governador do departamento de Antioquia (noroeste).
Graduado em 1993 em administração e gerência pela Universidade de Harvard, onde também estudou negociação de conflitos, Uribe afirmou que não aceitará "adesões ou vetos" de paramilitares ou guerrilheiros.
Uribe também advertiu que só negociará com a guerrilha após a suspensão dos ataques contra civis e a infra-estrutura nacional.
Casado com a filósofa Lina Moreno e pai de Tomás e Jerónimo, Uribe conseguiu hoje a façanha de se eleger no primeiro turno como candidato independente, algo sem precedentes na história da Colômbia.
Como prefeito de Medellín (1982/86) e governador de Antioquia (1995/97), Uribe sempre defendeu a força "legítima" para derrotar guerrilha, paramilitares, narcotraficantes e outras organizações criminosas.
Como governador, Uribe promoveu em Antioquia a criação de "cooperativas" de civis com o propósito de ajudar as forças policiais a combater o crime organizado, o que lhe valeu severas críticas das organizações humanitárias. Segundo estas organizações, vários membros das "cooperativas" passaram em seguida para os grupos paramilitares que combatem a guerrilha.
Como candidato a presidente, Uribe prometeu convocar mais de um milhão de civis para auxiliar as Forças Armadas, o que agora poderá reviver as "cooperativas" de Antioquia.
Durante a campanha, Uribe disse frequentemente que a chave do sucesso era "trabalhar, trabalhar e trabalhar" e prometeu exigir enorme dedicação de seus colaboradores em sua presidência.
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