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29/05/2002 - 21h21

Paquistão fala na ONU sobre possibilidade de ataque nuclear

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da France Presse, em Nova Iorque

O novo embaixador do Paquistão nas Nações Unidas, Munir Akram, defendeu hoje a posição de seu país de não descartar a possibilidade de fazer o primeiro ataque nuclear, acrescentando que esta postura deve dissuadir o Exército da Índia.

Um dia depois de apresentar suas cartas credenciais ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, o embaixador paquistanês disse que a Índia "está se armando até os dentes" e que o Paquistão não pretende fazer o mesmo.

"Não afirmamos que usaremos armas nucleares. Porém, também não dizemos que não usaremos armas nucleares", declarou Akram. "Temos armas nucleares. A Índia também tem e possui um Exército maior", acrescentou.

O Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (ISIS) de Washington estima que a Índia tem 65 ogivas nucleares e o Paquistão 40.

Disputa pela Caxemira
Os dois vizinhos detentores de armas nucleares estão em confronto desde o ataque ao Parlamento indiano em dezembro do ano passado. A Índia responsabiliza pelo atentado militantes islâmicos da Caxemira sediados no Paquistão.

A tensão piorou em 14 de maio quando 30 pessoas foram mortas durante um ataque à região indiana da Caxemira. Nova Déli acusou novamente os militantes muçulmanos que lutam contra seu controle sobre a Caxemira.



Os dois países travaram três guerras desde a independência da Inglaterra em 1947. Duas delas foram por disputas da Caxemira.

A Índia controla 40% da Caxemira; o Paquistão um terço, e a China o resto. Os muçulmanos são maioria na região, e há 12 anos eles começaram a lutar pelo separatismo, num conflito que já matou mais de 33 mil pessoas. O Paquistão propõe um plebiscito para definir o futuro da área. A Índia prefere a mediação internacional.


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