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31/05/2002
-
22h27
da Folha Online
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje que havia uma ordem para que fosse assassinado durante o breve golpe de Estado do último 12 de abril que o manteve afastado por menos de 48 horas da Presidência, preso em um quartel do Exército.
Em encontro com deputados -14 deles governistas e dois da oposição-, no palácio presidencial de Miraflores, Chávez afirmou que líderes do golpe chegaram a decretar uma ordem para assassiná-lo.
Os deputados integram a comissão que investiga a crise institucional na Venezuela, formada por 27 parlamentares.
"Estive à beira do túmulo", afirmou Chávez, 47, à comissão. Sem citar nomes, disse que alguns líderes do golpe deram ordem para que fosse levado a um lugar "distante e solitário" e ali, assassinado.
"Herói
Chávez se disse ainda um "sobrevivente heróico" do golpe. E negou as acusações de que tenha ordenado o massacre contra manifestantes contrários ao governo.
Nos dias de tumulto que marcaram o golpe -principalmente em 11 e 14 de abril- franco atiradores instalados no alto de edifícios dispararam contra a população, provocando grande pânico e deflagrando a queda de Chávez. Ainda não está claro quem são estes atiradores.
Chávez foi deposto por um movimento liderado por militares e empresários na madrugada de 12 de abril, e detido na principal base militar de Caracas, o Forte Tiuna.
Ele voltou ao poder em menos de 48 horas, após contragolpe armado por militares fiéis ao governo.
A comissão parlamentar investiga a violência ocorrida em 11 e 14 de abril, que deixaram um saldo de 57 mortes e centenas de feridos nas ruas do país.
Asilo
Acusado de comandar o golpe, o líder empresarial e presidente mais efêmero da história da Venezuela, Pedro Carmona, pediu asilo político na embaixada da Colômbia em Caracas, capital venezuelana.
Carmona, 61, já está exilado na Colômbia, protegido por um forte esquema de segurança. A Colômbia concedeu asilo político ao empresário, que viajou a Bogotá em um avião da Força Aérea colombiana.
Passagem rápida
Depois de derrubarem Hugo Chávez na madrugada de 12 de abril, os militares venezuelanos empossaram Carmona como presidente interino.
Em sua breve passagem pela Presidência, o empresário dissolveu o Congresso e destituiu todos os membros da Suprema Corte. Atitudes tomadas pelo governo transitório de Carmona teriam desrespeitado acordo feito com os militares e aumentaram as manifestações favoráveis a Chávez, que se encontrava preso em um quartel do Exército.
Em seguida, tropas leais ao presidente deposto tomam o palácio presidencial, em conjunto com membros do antigo gabinete, e empossam seu vice, Diosdaldo Cabello, forçando a renúncia de Carmona. Com isso, Chávez retornou ao palácio e foi reempossado presidente.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
Chávez diz que havia ordem para assassiná-lo durante golpe
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje que havia uma ordem para que fosse assassinado durante o breve golpe de Estado do último 12 de abril que o manteve afastado por menos de 48 horas da Presidência, preso em um quartel do Exército.
Em encontro com deputados -14 deles governistas e dois da oposição-, no palácio presidencial de Miraflores, Chávez afirmou que líderes do golpe chegaram a decretar uma ordem para assassiná-lo.
Os deputados integram a comissão que investiga a crise institucional na Venezuela, formada por 27 parlamentares.
"Estive à beira do túmulo", afirmou Chávez, 47, à comissão. Sem citar nomes, disse que alguns líderes do golpe deram ordem para que fosse levado a um lugar "distante e solitário" e ali, assassinado.
"Herói
Chávez se disse ainda um "sobrevivente heróico" do golpe. E negou as acusações de que tenha ordenado o massacre contra manifestantes contrários ao governo.
Nos dias de tumulto que marcaram o golpe -principalmente em 11 e 14 de abril- franco atiradores instalados no alto de edifícios dispararam contra a população, provocando grande pânico e deflagrando a queda de Chávez. Ainda não está claro quem são estes atiradores.
Chávez foi deposto por um movimento liderado por militares e empresários na madrugada de 12 de abril, e detido na principal base militar de Caracas, o Forte Tiuna.
Ele voltou ao poder em menos de 48 horas, após contragolpe armado por militares fiéis ao governo.
A comissão parlamentar investiga a violência ocorrida em 11 e 14 de abril, que deixaram um saldo de 57 mortes e centenas de feridos nas ruas do país.
Asilo
Acusado de comandar o golpe, o líder empresarial e presidente mais efêmero da história da Venezuela, Pedro Carmona, pediu asilo político na embaixada da Colômbia em Caracas, capital venezuelana.
Carmona, 61, já está exilado na Colômbia, protegido por um forte esquema de segurança. A Colômbia concedeu asilo político ao empresário, que viajou a Bogotá em um avião da Força Aérea colombiana.
Passagem rápida
Depois de derrubarem Hugo Chávez na madrugada de 12 de abril, os militares venezuelanos empossaram Carmona como presidente interino.
Em sua breve passagem pela Presidência, o empresário dissolveu o Congresso e destituiu todos os membros da Suprema Corte. Atitudes tomadas pelo governo transitório de Carmona teriam desrespeitado acordo feito com os militares e aumentaram as manifestações favoráveis a Chávez, que se encontrava preso em um quartel do Exército.
Em seguida, tropas leais ao presidente deposto tomam o palácio presidencial, em conjunto com membros do antigo gabinete, e empossam seu vice, Diosdaldo Cabello, forçando a renúncia de Carmona. Com isso, Chávez retornou ao palácio e foi reempossado presidente.
Leia mais no especial Venezuela
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