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06/06/2002 - 22h52

Prefeitos ameaçados deixam cidades no sul da Colômbia

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da Folha de S.Paulo

O assassinato de um prefeito no sul da Colômbia, ontem, fez com que ao menos uma dezena de prefeitos da região deixassem suas cidades e pedissem proteção ao governo nacional, por temor de ameaças das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), principal grupo guerrilheiro do país.

Luis Carlos Caro, prefeito de Solita, no Departamento de Caquetá, foi morto diante de seus colaboradores durante um encontro com membros da guerrilha. Ele é o oitavo prefeito assassinado desde o início do ano no país.

Caro fazia parte de uma lista de prefeitos ameaçados de morte pelas Farc, que lançou uma ofensiva em represália aos mandatários e à população de cidades nas quais o presidente eleito, o direitista Alvaro Uribe, foi o mais votado na eleição do dia 26 de maio. Uribe defende um endurecimento na luta contra a guerrilha marxista.

Pelo menos dez dos 16 prefeitos de Caquetá deixaram suas cidades e se dirigiram ontem à capital do Departamento, Florencia. Oito prefeitos dos Departamentos vizinhos de Putumayo, Cauca e Huila já renunciaram desde o fim de semana. As ameaças também provocaram o fechamento, ontem, das dependências dos órgãos judiciais de 16 municípios da região.

A insegurança levou Gilberto Toro, presidente da Federação Colombiana de Municípios (FCM), a exigir proteção do governo federal aos prefeitos ameaçados por grupos armados.

"Os ataques, as ameaças e as pressões aos prefeitos dos municípios onde Alvaro Uribe ganhou as eleições aumentaram nos últimos dias. O novo governo deve se comprometer com a atenção aos prefeitos, porque eles são vítimas de um resultado eleitoral", disse.

Uribe foi eleito em primeiro turno e toma posse em agosto.

Segundo a FCM, mais de 20 prefeitos, em dez dos 32 Departamentos colombianos, "administram seus municípios sem estar fisicamente presentes por ameaças dos grupos guerrilheiros de esquerda e dos paramilitares de direita". "Em cerca de 180 municípios não há presença permanente da Força Pública. É imprescindível a presença da polícia ou do Exército com efetivo suficiente e permanente para neutralizar a violência", disse Toro.

Com agências internacionais
 

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