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11/06/2002
-
08h04
da France Presse, em Abu Dhabi
O presidente paquistanês Pervez Musharraf pediu hoje à Índia que dê mais "passos substanciais" para diminuir a tensão entre as duas potências nucleares.
"Estamos esperando por ações mais substanciais do lado indiano", para iniciar o diálogo sobre a disputa da Caxemira, disse Musharraf em entrevista coletiva em Abu Dhabi.
"Esperamos passos substanciais da Índia agora", disse após a decisão de Nova Déli de autorizar o Paquistão a retomar os vôos civis sobre o espaço aéreo indiano.
"É um começo muito pequeno, vamos ver o que acontece no futuro", disse Musharraf sobre os sobrevôos. "O que quer que eles estejam fazendo é para reduzir seus próprios problemas".
Musharraf, que está em visita à Arábia Saudita hoje, disse estar otimista de que a tensão com a Índia possa se reduzir.
"Sou otimista, há uma chance", se "a disputa principal [sobre a Caxemira] e todas as outras questões forem discutidas num espírito de sinceridade e soberania equânime", disse.
A Índia começou a retirar navios de guerra das proximidades das águas paquistanesas numa tentativa de diminuir a tensão, informaram fontes em Nova Déli. Além disso, o governo indiano começou o processo de indicação de um alto comissário (embaixador) para Islamabad, em mais uma prova de que busca encerrar a atual tensão militar.
O Paquistão e a Índia mobilizaram cerca de 1 milhão de soldados ao longo de sua fronteira comum depois de dezembro, quando separatistas contrários à existência da Caxemira indiana e supostamente vindos do território paquistanês atacaram o Parlamento indiano.
Os dois países disputam o poder do território da Caxemira. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano (45%) e o restante sob controle do Paquistão e da China. Das três guerras travadas desde a independência (1947), duas delas foram por causa da Caxemira.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.
O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
Musharraf pede que a Índia dê mais passos para diminuir a tensão
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O presidente paquistanês Pervez Musharraf pediu hoje à Índia que dê mais "passos substanciais" para diminuir a tensão entre as duas potências nucleares.
"Estamos esperando por ações mais substanciais do lado indiano", para iniciar o diálogo sobre a disputa da Caxemira, disse Musharraf em entrevista coletiva em Abu Dhabi.
"Esperamos passos substanciais da Índia agora", disse após a decisão de Nova Déli de autorizar o Paquistão a retomar os vôos civis sobre o espaço aéreo indiano.
"É um começo muito pequeno, vamos ver o que acontece no futuro", disse Musharraf sobre os sobrevôos. "O que quer que eles estejam fazendo é para reduzir seus próprios problemas".
Musharraf, que está em visita à Arábia Saudita hoje, disse estar otimista de que a tensão com a Índia possa se reduzir.
"Sou otimista, há uma chance", se "a disputa principal [sobre a Caxemira] e todas as outras questões forem discutidas num espírito de sinceridade e soberania equânime", disse.
A Índia começou a retirar navios de guerra das proximidades das águas paquistanesas numa tentativa de diminuir a tensão, informaram fontes em Nova Déli. Além disso, o governo indiano começou o processo de indicação de um alto comissário (embaixador) para Islamabad, em mais uma prova de que busca encerrar a atual tensão militar.
O Paquistão e a Índia mobilizaram cerca de 1 milhão de soldados ao longo de sua fronteira comum depois de dezembro, quando separatistas contrários à existência da Caxemira indiana e supostamente vindos do território paquistanês atacaram o Parlamento indiano.
Os dois países disputam o poder do território da Caxemira. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano (45%) e o restante sob controle do Paquistão e da China. Das três guerras travadas desde a independência (1947), duas delas foram por causa da Caxemira.
A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.
No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.
O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Índia-Paquistão
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