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12/06/2002 - 21h40

General venezuelano vê instabilidade no país

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da Folha de S.Paulo

O general venezuelano Raúl Baduel - peça-chave no retorno do presidente Hugo Chávez ao poder após o golpe de abril - denunciou hoje a existência de uma campanha voltada a criar um clima de "insegurança e agitação" nas Forças Armadas.

Segundo ele, a atuação da imprensa contrária a Chávez estaria gerando instabilidade entre o oficialato. Suas declarações foram publicadas no diário "El Universal", crítico ao governo.

Outra publicação oposicionista, o "El Nuevo País" disse hoje que militares de alto escalão teriam sido detidos por agentes da Inteligência Militar porque articulavam um novo golpe.

O diário disse que os insurgentes foram presos na madrugada de hoje em Maracay (110 km de Caracas), onde fica a maior base aérea do país. Fontes "dos serviços de segurança" teriam dito que o suposto golpe se daria no "próximo fim de semana".

O general Jorge García Carneiro negou as detenções: "Isso é completamente falso". O ambiente de desinformação na Venezuela põe em dúvida a credibilidade dessas informações. Patricia Poleo, diretora do "El Nuevo País", é acusada de ter ajudado a fabricar um vídeo exibido na TV no qual supostos militares encapuzados ameaçavam derrubar o governo.

"Não podemos descartar nada no campo da informação. Temos de lidar com todas as hipóteses", disse, cauteloso, o general Baduel.

Políticos e empresários que apoiaram o levante fracassado contra Chávez continuam a pressioná-lo. Usam a mídia para criar sensação de instabilidade e alimentar desejos golpistas. O presidente acusa as emissoras de TV de "incitação" a rebeliões e ameaça puni-las.

Após 48 horas afastado do poder, Chávez prometeu um diálogo para pacificar as relações entre o governo - acusado de ser populista e autoritário - e o empresariado, a imprensa e a oposição.

Mas a temperatura do embate vem aumentando. Hoje, diretores de redes de rádio e de TV publicaram uma carta se negando a dialogar com Chávez. Ao mesmo tempo, 23 deputados oposicionistas exigiram investigações contra o presidente, acusado de malversação de verbas da ordem de US$ 2,3 bilhões.

O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter confirmou hoje que irá à Venezuela para tentar "facilitar" o diálogo no país.

Com agências internacionais

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