Tempestade Bertha pode perder características tropicais

A tempestade tropical Bertha poderia começar a perder suas características tropicais neste sábado, informou nesta sexta-feira o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) dos Estados Unidos

Os meteorologistas do NHC, com sede em Miami, indicaram em seu boletim das 12h de Brasília que Bertha apresenta ventos máximos sustentados de 100 km/h e que "se esperam poucas mudanças na intensidade de seus ventos nas próximas 24 horas".

No entanto, os meteorologistas destacaram que a tempestade, que aumentou sua velocidade de translação nas últimas horas, "poderia começar a perder suas características tropicais a partir do próximo sábado à tarde".

O olho de Bertha estava a essa hora perto da latitude 36,2 graus norte e da longitude 52,3 graus oeste, cerca de 1.170 quilômetros ao sul do cabo de Terranova.

A tempestade tropical se desloca para o nordeste a cerca de 30 km/h e deve "manter esta trajetória nas próximas 48 horas, com um aumento em sua velocidade de translação".

Bertha se formou em 3 de julho e, quatro dias depois, se transformou em um furacão de categoria três na escala de intensidade Saffir-Simpson, que vai até cinco.

Depois, Bertha perdeu força e tornou-se tempestade. Na segunda-feira passada (14), atingiu as Bermudas com chuvas e ventos máximos sustentados de 110 km/h, que deixaram sem energia elétrica cerca de 4.000 famílias.

A tempestade Bertha foi catalogada pelos meteorologistas como a mais persistente do mês de julho desde que se tem registro.

Durante a temporada de furacões do Atlântico Norte de 2008, que começou em primeiro de junho e termina em 30 de novembro, houve a formação de duas tempestades tropicais, Arthur e Bertha, esta última que se tornou o primeiro ciclone da temporada.

Os meteorologistas previram que a temporada será "ligeiramente mais ativa" do normal, com a formação de entre seis e nove furacões e de 12 a 16 tempestades tropicais.