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25/06/2002
-
17h28
da France Presse, em Bogotá
O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, anunciou hoje um plano especial para proteger os prefeitos, vereadores e outros funcionários municipais ameaçados de morte pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Por meio de o Ministério do Interior, vamos implantar um programa especial de proteção às autoridades municipais, similar ao que está em vigor para garantir a segurança dos jornalistas, sindicalistas e defensores dos direitos humanos", disse Pastrana, que entrega o posto no dia 7 de agosto para o presidente eleito Álvaro Uribe.
O presidente explicou que será criado um comitê formado por delegados dos prefeitos e dos funcionários do governo para fazer um acompanhamento do plano especial de proteção. Além disso, deve aumentar a vigilância militar e policial nas cidades e zonas rurais.
Pastrana fez o anúncio ao fim de uma reunião de segurança na sede presidencial em Bogotá, da qual participaram funcionários do governo, da promotoria e da defensoria pública, chefes militares e policiais e delegados dos prefeitos e governadores das províncias.
O chefe de Estado também afirmou que pedirá à comunidade internacional a condenação tanto das ações das Farc quanto dos paramilitares de ultradireita.
Ontem, o prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, admitiu estar sob ameaça das Farc, que exigiu sua renúncia em poucos dias, assim como outras autoridades municipais do centro do país.
O prefeito da capital colombiana, que conta com mais de 7 milhões de habitantes, disse que, em um comunicado que foi interceptado pelo Exército, membros das Farc assinalam que devem pressionar uma série de prefeitos, entre eles o próprio Mockus, para que se demitam em alguns dias.
Na sexta-feira (21), cem prefeitos, vereadores e deputados do departamento de petróleo de Arauca (leste, fronteiriço com a Venezuela) decidiram renunciar em massa diante das ameaças do grupo guerrilheiro, que os declarou como objetivos militares, segundo o prefeito de Arauca, Jorge Cedeño.
Ele disse que a decisão foi tomada "de forma conjunta" na quinta-feira (20) durante uma reunião dos funcionários em Arauca para analisar o prazo dado pelas Farc para que renunciassem. O prazo terminaria no sábado (22).
"Era um prazo decisivo. É uma situação de ameaça contra a vida e as condições atuais de segurança que não garantem a governabilidade. Tudo isto se colocou na balança e se optou por renunciar de maneira coletiva", afirmou Cedeño.
As Farc são a maior guerrilha colombiana e contam com cerca de 16.000 homens.
Leia mais no especial Colômbia
Pastrana anuncia plano para proteger prefeitos colombianos
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O presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, anunciou hoje um plano especial para proteger os prefeitos, vereadores e outros funcionários municipais ameaçados de morte pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Por meio de o Ministério do Interior, vamos implantar um programa especial de proteção às autoridades municipais, similar ao que está em vigor para garantir a segurança dos jornalistas, sindicalistas e defensores dos direitos humanos", disse Pastrana, que entrega o posto no dia 7 de agosto para o presidente eleito Álvaro Uribe.
O presidente explicou que será criado um comitê formado por delegados dos prefeitos e dos funcionários do governo para fazer um acompanhamento do plano especial de proteção. Além disso, deve aumentar a vigilância militar e policial nas cidades e zonas rurais.
Pastrana fez o anúncio ao fim de uma reunião de segurança na sede presidencial em Bogotá, da qual participaram funcionários do governo, da promotoria e da defensoria pública, chefes militares e policiais e delegados dos prefeitos e governadores das províncias.
O chefe de Estado também afirmou que pedirá à comunidade internacional a condenação tanto das ações das Farc quanto dos paramilitares de ultradireita.
Ontem, o prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, admitiu estar sob ameaça das Farc, que exigiu sua renúncia em poucos dias, assim como outras autoridades municipais do centro do país.
O prefeito da capital colombiana, que conta com mais de 7 milhões de habitantes, disse que, em um comunicado que foi interceptado pelo Exército, membros das Farc assinalam que devem pressionar uma série de prefeitos, entre eles o próprio Mockus, para que se demitam em alguns dias.
Na sexta-feira (21), cem prefeitos, vereadores e deputados do departamento de petróleo de Arauca (leste, fronteiriço com a Venezuela) decidiram renunciar em massa diante das ameaças do grupo guerrilheiro, que os declarou como objetivos militares, segundo o prefeito de Arauca, Jorge Cedeño.
Ele disse que a decisão foi tomada "de forma conjunta" na quinta-feira (20) durante uma reunião dos funcionários em Arauca para analisar o prazo dado pelas Farc para que renunciassem. O prazo terminaria no sábado (22).
"Era um prazo decisivo. É uma situação de ameaça contra a vida e as condições atuais de segurança que não garantem a governabilidade. Tudo isto se colocou na balança e se optou por renunciar de maneira coletiva", afirmou Cedeño.
As Farc são a maior guerrilha colombiana e contam com cerca de 16.000 homens.
Leia mais no especial Colômbia
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