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27/06/2002 - 21h06

Reunião do G-8 termina sem consenso sobre o Oriente Médio

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da France Presse, em Kananaskis

A reunião de cúpula do G-8 foi concluída em Kananaskis (oeste do Canadá), com a aprovação de um plano de ajuda ao desenvolvimento da África. Porém, os líderes dos oito países mais industrializados do mundo não chegaram a um consenso em relação à questão do Oriente Médio, após discutir o assunto durante dois dias.

O líder palestino, Iasser Arafat enviou hoje um comunicado ao G-8 pedindo para que termine imediatamente a ocupação israelense aos territórios ocupados.

"Estamos totalmente preparados para proteger o processo de paz e fazemos um apelo ao G-8 para que prepare o cessar-fogo e mande de imediato observadores internacionais aos territórios palestinos", dizia o comunicado.

Apesar de não haver um posicionamento final em relação ao apelo de Arafat, os governantes europeus também não apoiaram o pedido do presidente norte-americano, George W. Bush, de afastá-lo da direção da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

"A União Européia não concorda que Arafat deva sair, como condição para a criação de um Estado Palestino", afirmou uma funcionária da UE, que pediu para não ser identificada.

Para os governantes europeus, "no momento Arafat está lá. No momento, a situação não é tão democrática quanto queremos. São necessárias reformas e a democratização das instituições, mas nem o G-8 nem a comunidade internacional podem dizer quem deve ser o líder do povo palestino", acrescentou.

Um dos líderes a se pronunciar foi o chanceler alemão, Gerard Schröder "Enquanto líder eleito da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat é nosso interlocutor", declarou Schröder durante entrevista.

Ação para a África
O G-8 aprovou um Plano de Ação para a África, com o qual pretendem tirar o continente da pobreza, reunindo em um só programa as iniciativas de ajuda já existentes.

Segundo o plano, "as numerosas iniciativas adotadas para estimular o desenvolvimento do continente não conseguiram melhorar de maneira duradoura a vida das mulheres, dos homens e das crianças que vivem ali". Portanto, "é imperativo agir" em prol do continente africano

O objetivo é reunir em um só programa todas as iniciativas em favor da África já existentes, como a Nova Associação para o Desenvolvimento da África (Nepad), lançada no ano passado.

O Plano de Ação também inclui a iniciativa para o alívio da dívida dos países pobres muito endividados (HIPC), os diferentes esforços de paz nos países onde persistem conflitos (Angola, República Democrática do Congo, Sudão, Serra Leoa), a luta contra a Aids e a educação.

O plano inclui um aumento de US$ 1 bilhão nos recursos do Fundo para aliviar a dívida dos países pobres.

Os líderes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Rússia também concordaram em destinar ao continente 50% dos fundos para o desenvolvimento mundial, segundo o compromisso assumido na reunião de cúpula de Monterrey (México) em março passado, que equivaleria a US$ 6 bilhões
atualmente.

Os governantes de quatro países africanos - Argélia, Nigéria, Senegal e África do Sul - e o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, estiveram presentes na reunião do G-8 para defender a necessidade de o plano de ajuda entrar em vigor.

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