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03/07/2002 - 11h01

Colômbia quer ajuda militar de França e União Européia

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da France Presse, em Paris

O presidente eleito da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu hoje em Paris aos empresários franceses que intervenham para que França e União Européia "ajudem militarmente" seu país para derrotar o terrorismo.

"Preciso que vocês sejam nossos embaixadores para que a França e a União Européia resolvam nos ajudar militarmente para derrotar o terrorismo", disse.

Reuters - 22.mai.2002
Alvaro Uribe, presidente eleito da Colômbia
Segundo Uribe, a ajuda consiste em assistência técnica, de equipamentos tecnológicos, de medidas concretas que deveriam ser adotadas pelos europeus para a interceptação marítima e aérea do narcotráfico e de armas enviadas à Colômbia, assim como uma mobilização contra a lavagem do dinheiro da droga.

"A mensagem foi ouvida", comentou, ao término do encontro, François Perigot, presidente do Medef International que, por outro lado, destacou a forte personalidade de Uribe, mas se perguntou sobre a dimensão dos problemas da Colômbia, que não são apenas internos, mas também internacionais.

De acordo com testemunhas, o pedido de Uribe aos empresários para que façam o possível para que França e UE dêem ajuda militar foi o momento mais intenso de sua intervenção.

Antes, o presidente -que teve maioria absoluta dos votos colombianos desde o primeiro turno das eleições- fez uma ampla exposição sobre a política que pretende adotar assim que assumir o poder no próximo dia 7 de agosto.

Em linhas gerais, insistiu sobre seu programa eleitoral de luta contra a inflação e contra a corrupção, a favor de uma redução dos gastos nos setores "burocráticos" e sobre a vontade de seu governo de reforçar as garantias ao um setor privado que ele deseja "vigoroso".

Mas o maior problema citado em sua intervenção foi o da segurança em seu país, constantemente ameaçada pelos guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), pelos paramilitares e pelos traficantes de droga.

O presidente lembrou que, quando era estudante dava prioridade à justiça social, porém depois entendeu que, para que ela exista, é preciso "um mínimo de paz" indispensável para dispor da confiança do setor privado.

"É preciso derrotar a droga que financia a violência", afirmou. "Não faremos mais discursos, nossa obsessão serão os resultados e nos propomos a proteger a todo momento os colombianos e os investidores estrangeiros contra os ataques da guerrilha ou dos paramilitares", afirmou.

Leia mais no especial Colômbia

 

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