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12/07/2002
-
22h40
da Folha de S.Paulo
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), o colombiano César Gaviria, expressou hoje sua preocupação com o clima de polarização política existente na Venezuela e pediu que os problemas do país se resolvam "pela via pacífica e institucional".
Ontem, uma multidão de venezuelanos participou de uma marcha em Caracas para exigir a renúncia do presidente Hugo Chávez, exatamente três meses depois das megamanifestações e da greve geral que culminaram no golpe que o tirou do poder por 48 horas. Segundo os organizadores, mais de 1 milhão de pessoas participaram das manifestações. Para o governo, foram 60 mil manifestantes.
"Obviamente há preocupação pela polarização que impera na Venezuela", afirmou hoje Gaviria. Apesar disso, ele se disse satisfeito pelo fato de a manifestação de ontem ter transcorrido de forma pacífica. A marcha de abril terminou com 18 mortes e dezenas de feridos.
Diálogo
O governo venezuelano reiterou hoje um chamado para o diálogo com a oposição. Para o vice-presidente do país, José Vicente Rangel, a possibilidade de diálogo cresceu nos últimos dias.
"Durante a última marcha, surgiram interlocutores importantes no campo democrático, e é dever do governo apelar a eles para propiciar o diálogo", disse Rangel.
O vice-presidente rebateu a ameaça da CTV (Confederação de Trabalhadores da Venezuela), principal central sindical do país, de convocar uma greve geral por tempo indeterminado, e disse que "não há ambiente" para isso.
Rangel disse ainda que a oposição deveria refletir sobre o rechaço que provocou a convocação à "desobediência civil" feita por um setor da oposição após a marcha. Elias Santana, dirigente da associação Queremos Eleger e membro da Coordenação Democrática, que organizou a manifestação, chamou a convocação de "uma carta golpista sob a manga" e ameaçou deixar o grupo.
Apesar das reiteradas ofertas de diálogo feitas pelo governo, membros da oposição têm se negado a negociar. O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter (1977-1981), que havia tentado mediar um possível diálogo, deixou o país ontem sem conseguir nenhum resultado.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
OEA teme piora na crise venezuelana
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O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), o colombiano César Gaviria, expressou hoje sua preocupação com o clima de polarização política existente na Venezuela e pediu que os problemas do país se resolvam "pela via pacífica e institucional".
Ontem, uma multidão de venezuelanos participou de uma marcha em Caracas para exigir a renúncia do presidente Hugo Chávez, exatamente três meses depois das megamanifestações e da greve geral que culminaram no golpe que o tirou do poder por 48 horas. Segundo os organizadores, mais de 1 milhão de pessoas participaram das manifestações. Para o governo, foram 60 mil manifestantes.
"Obviamente há preocupação pela polarização que impera na Venezuela", afirmou hoje Gaviria. Apesar disso, ele se disse satisfeito pelo fato de a manifestação de ontem ter transcorrido de forma pacífica. A marcha de abril terminou com 18 mortes e dezenas de feridos.
Diálogo
O governo venezuelano reiterou hoje um chamado para o diálogo com a oposição. Para o vice-presidente do país, José Vicente Rangel, a possibilidade de diálogo cresceu nos últimos dias.
"Durante a última marcha, surgiram interlocutores importantes no campo democrático, e é dever do governo apelar a eles para propiciar o diálogo", disse Rangel.
O vice-presidente rebateu a ameaça da CTV (Confederação de Trabalhadores da Venezuela), principal central sindical do país, de convocar uma greve geral por tempo indeterminado, e disse que "não há ambiente" para isso.
Rangel disse ainda que a oposição deveria refletir sobre o rechaço que provocou a convocação à "desobediência civil" feita por um setor da oposição após a marcha. Elias Santana, dirigente da associação Queremos Eleger e membro da Coordenação Democrática, que organizou a manifestação, chamou a convocação de "uma carta golpista sob a manga" e ameaçou deixar o grupo.
Apesar das reiteradas ofertas de diálogo feitas pelo governo, membros da oposição têm se negado a negociar. O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter (1977-1981), que havia tentado mediar um possível diálogo, deixou o país ontem sem conseguir nenhum resultado.
Com agências internacionais
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