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23/07/2002
-
19h32
da France Presse, em Jerusalém
O Exército israelense lançou uma bomba de uma tonelada contra Gaza no ataque aéreo da noite, de acordo com a rádio militar. A operação israelense, que deixou 15 mortos, recebeu duras críticas de analistas palestinos e israelenses, além de autoridades como o presidente norte-americano, George W. Bush, e o representante da União Européia, Javier Solana.
"Sempre é o mesmo cenário sinistro. Quando há uma tentativa para distender a situação, seja por meio do diálogo ou por uma intervenção estrangeira, o Governo israelense realiza ações violentas para reativar a tensão", acusou a deputada palestina Hanan Achraui.
"Além do assassinato a sangue frio de civis, trata-se de uma tentativa de minar toda possibilidade de solução política", disse Achraui, dirigindo ao primeiro-ministro israelense Ariel Sharon a mesma acusação que Israel costuma fazer contra o líder palestino, Iasser Arafat, depois de atentados suicidas palestinos contra alvos israelenses.
Sinais de abrandamento das tensões tinham surgido após um encontro ministerial entre israelenses e palestinos no sábado (20), que teve como eixo questões humanitárias e de segurança.
Críticas
Ao condenar o ataque em Gaza, o alto representante de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, referiu-se a uma operação ainda mais lamentável porque ocorreu "em momentos que os israelenses e palestinos trabalhavam muito seriamente para conter a violência e restaurar a segurança".
Por sua vez, o presidente George W. Bush descreveu o ataque como uma "ação que não contribui para a paz".
O jornal israelense "Haaretz" inclusive havia mencionado um plano palestino de segurança que poderia conduzir a uma retirada do Exército de Israel das zonas palestinas reocupadas.
"O Hamas pensava na possibilidade em suspender seus atentados contra civis israelenses, já que Israel tinha falado de retirar-se das zonas reocupadas. Foi então que Sharon atacou", disse o analista palestino Iyad Sarraj.
Após o ataque, vários movimentos palestinos, entre eles o Hamas e Jihad Islâmica, já prometeram vingança.
O analista militar israelense Meir Pail não somente criticou o momento escolhido para a operação, mas também o objetivo. "De um ponto de vista estritamente militar, quando se dispara um míssil contra uma zona habitada, deve-se levar em conta o fato de que vai atingir muita gente", afirmou Pail.
"Há muitas pessoas estúpidas no comando político e militar israelense. É algo completamente imoral quando se representa um Estado que quer ser respeitado", acrescentou.
Leia mais no especial Oriente Médio
Bomba de 1 tonelada lançada por Israel contra Gaza detona críticas
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O Exército israelense lançou uma bomba de uma tonelada contra Gaza no ataque aéreo da noite, de acordo com a rádio militar. A operação israelense, que deixou 15 mortos, recebeu duras críticas de analistas palestinos e israelenses, além de autoridades como o presidente norte-americano, George W. Bush, e o representante da União Européia, Javier Solana.
"Sempre é o mesmo cenário sinistro. Quando há uma tentativa para distender a situação, seja por meio do diálogo ou por uma intervenção estrangeira, o Governo israelense realiza ações violentas para reativar a tensão", acusou a deputada palestina Hanan Achraui.
"Além do assassinato a sangue frio de civis, trata-se de uma tentativa de minar toda possibilidade de solução política", disse Achraui, dirigindo ao primeiro-ministro israelense Ariel Sharon a mesma acusação que Israel costuma fazer contra o líder palestino, Iasser Arafat, depois de atentados suicidas palestinos contra alvos israelenses.
Sinais de abrandamento das tensões tinham surgido após um encontro ministerial entre israelenses e palestinos no sábado (20), que teve como eixo questões humanitárias e de segurança.
Críticas
Ao condenar o ataque em Gaza, o alto representante de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, referiu-se a uma operação ainda mais lamentável porque ocorreu "em momentos que os israelenses e palestinos trabalhavam muito seriamente para conter a violência e restaurar a segurança".
Por sua vez, o presidente George W. Bush descreveu o ataque como uma "ação que não contribui para a paz".
O jornal israelense "Haaretz" inclusive havia mencionado um plano palestino de segurança que poderia conduzir a uma retirada do Exército de Israel das zonas palestinas reocupadas.
"O Hamas pensava na possibilidade em suspender seus atentados contra civis israelenses, já que Israel tinha falado de retirar-se das zonas reocupadas. Foi então que Sharon atacou", disse o analista palestino Iyad Sarraj.
Após o ataque, vários movimentos palestinos, entre eles o Hamas e Jihad Islâmica, já prometeram vingança.
O analista militar israelense Meir Pail não somente criticou o momento escolhido para a operação, mas também o objetivo. "De um ponto de vista estritamente militar, quando se dispara um míssil contra uma zona habitada, deve-se levar em conta o fato de que vai atingir muita gente", afirmou Pail.
"Há muitas pessoas estúpidas no comando político e militar israelense. É algo completamente imoral quando se representa um Estado que quer ser respeitado", acrescentou.
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