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24/07/2002 - 15h27

Guerrilha colombiana pretendia lançar avião contra sede do governo

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da Folha Online

Guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) planejavam roubar um avião para lançá-lo contra o Palácio do Governo colombiano ou a sede do Congresso em Bogotá, no em 7 de agosto, durante a posse do novo presidente Alvaro Uribe. O plano foi revelado hoje pelo diretor da polícia secreta (DAS), coronel Germán Jaramillo.

"As Farc planejavam contratar um piloto suicida para realizar o atentado nessa área do centro de Bogotá", disse Jaramillo, durante entrevista.

O chefe da DAS declarou ainda que Javier Carvajalino, irmão de Andrés Paris, um dos principais cabeças das Farc, foi capturado na véspera na capital colombiana e que era o encarregado de roubar o avião em um aeroporto de Bogotá ou da cidade de Barranquilla (costa do Caribe).

O plano dos guerrilheiros foi revelado em meio a intensificação de atentados no país. Hoje, pelo menos dois policiais morreram e oito pessoas ficaram feridas hoje na explosão de um carro-bomba abandonado em San Juan de Rioseco, na região central da Colômbia. Segundo o governador de Cundanamarca, Alvaro Cruz, as Farc seriam os responsáveis pelo incidente.

Este foi o terceiro ataque a bomba no país em uma semana.Ontem, uma bomba explodiu em um café da cidade de Medellín (220 quilômetros de Bogotá), deixando dois mortos e oito feridos, segundo a polícia. Entre os mortos, encontrava-se um ex-parlamentar colombiano.

Na quinta-feira (18), uma explosão em uma área popular do balneário de Cartagena deixou seis mortos, inclusive uma criança, e dez feridos.

Desafio
A ofensiva das Farc deve ser o primeiro desafio do presidente eleito Alvaro Uribe, que conseguiu uma vitória arrasadora nas eleições em grande parte devido a sua promessa de promover ações militares mais duras contra os guerrilheiros.

No passado, as Farc concentravam seus ataques em alvos militares. As Forças Armadas ganharam recursos nos últimos anos, em parte graças à ajuda dos EUA.

No final de junho, um comandante das Farc disse a um repórter que o objetivo dos guerrilheiros era destruir o Estado de baixo para cima e o assassinato de prefeitos seria o primeiro passo.

"O governo declarou guerra total contra nós, e nossa resposta é ignorar politicamente o Estado, seus representantes e suas leis", disse o comandante, conhecido apenas como Byron. "Um novo poder de base precisa ser construído pela população. O nascimento desse novo poder não reconhecerá velhas instituições."

Byron afirmou que a ofensiva se seguia à decisão "unilateral" do governo atual, de Andrés Pastrana, de abandonar as negociações de paz com as Farc em fevereiro.

As Farc, que têm cerca de 17 mil membros e combatem desde os anos 60 para impor um Estado socialista na Colômbia, é o grupo guerrilheiro mais poderoso da América Latina.

Com agências internacionais

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