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25/07/2002
-
17h11
da France Presse, em Guayaquil
Presidentes e representantes de 12 países participam amanhã e no sábado (27), em Guayaquil (Equador), da 2ª reunião de cúpula sul-americana, destinada a buscar maior integração regional, num contexto de crise generalizada.
Ainda hoje, os chanceleres da América do Sul analisam um documento de "consenso sobre integração, segurança e infra-estrutura para o desenvolvimento", que será levado aos participantes do evento.
Para garantir a segurança da reunião, estarão mobilizados 2.800 homens do Exército e da polícia equatorianos.
A cúpula de Guayaquil dará continuidade ao primeiro encontro, realizado há dois anos em Brasília. Participarão os presidentes da Argentina, Bolivia, Brasil, Colombia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru e Venezuela. Estão ausentes os presidentes do Suriname, Ronald Venetiaan, e do Uruguai, Jorge Batlle, por motivos internos.
Com a participação do presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, que busca criar um bloco sul-americano para fazer contrapeso nas negociações com os Estados Unidos sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o encontro está voltado para o estudo da melhor forma de melhorar a infra-estrutura, para facilitar o intercâmbio na região.
Como resultado da reunião de cúpula de Brasília, foi criada a Iniciativa de Integração da Infra-Estrutura da América do Sul (IIRSA), que identificou mais de cem projetos nas áreas de transporte, energia e telecomunicações, avaliados em US$ 40 bilhões.
Crise financeira
A questão da integração parece estar limitada agora pela repercussão da crise financeira - particularmente no Brasil e na Argentina, as duas grandes economias sul-americanas - e políticas da região.
A Argentina passa atualmente pela crise econômica mais grave de sua história, estando nas mãos dos credores desde dezembro passado, com os depósitos bancários congelados e a economia semiparalisada depois de quatro anos de recessão.
O presidente Eduardo Duhalde destaca a necessidade de chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas a instituição considera que a Argentina não apresenta um programa econômico sustentável.
O Brasil sofre de problemas causados pelo contágio da crise na Argentina mas também pelo crescimento de sua dívida (58% do PIB) e do nervosismo dos investidores ante as eleições de outubro, onde o candidato favorito nas pesquisas até agora é Luiz Inacio Lula da Silva, de esquerda.
A situação destes dois países espalhou-se na região, em particular no Uruguai, onde o risco país chegou ao máximo histórico (2.479 pontos).
Mas também existem tumultos políticos na Venezuela, onde a oposição pretende a derrubada, por meios constitucionais, do presidente Hugo Chávez, que foi alvo, em abril passado, de um golpe de Estado que por 48 horas o afastou da presidência.
A Colômbia prossegue mostrando um difícil panorama da ordem pública, com três grupos irregulares atuantes - as guerrilhas das Farc e o ELN, além dos paramilitares de extrema-direita, com mais de 30 mil homens armados no total - num conflito que poderia se estender a outros países.
Países sul-americanos buscam integração na cúpula de Guayaquil
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Presidentes e representantes de 12 países participam amanhã e no sábado (27), em Guayaquil (Equador), da 2ª reunião de cúpula sul-americana, destinada a buscar maior integração regional, num contexto de crise generalizada.
Ainda hoje, os chanceleres da América do Sul analisam um documento de "consenso sobre integração, segurança e infra-estrutura para o desenvolvimento", que será levado aos participantes do evento.
Para garantir a segurança da reunião, estarão mobilizados 2.800 homens do Exército e da polícia equatorianos.
A cúpula de Guayaquil dará continuidade ao primeiro encontro, realizado há dois anos em Brasília. Participarão os presidentes da Argentina, Bolivia, Brasil, Colombia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru e Venezuela. Estão ausentes os presidentes do Suriname, Ronald Venetiaan, e do Uruguai, Jorge Batlle, por motivos internos.
Com a participação do presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, que busca criar um bloco sul-americano para fazer contrapeso nas negociações com os Estados Unidos sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o encontro está voltado para o estudo da melhor forma de melhorar a infra-estrutura, para facilitar o intercâmbio na região.
Como resultado da reunião de cúpula de Brasília, foi criada a Iniciativa de Integração da Infra-Estrutura da América do Sul (IIRSA), que identificou mais de cem projetos nas áreas de transporte, energia e telecomunicações, avaliados em US$ 40 bilhões.
Crise financeira
A questão da integração parece estar limitada agora pela repercussão da crise financeira - particularmente no Brasil e na Argentina, as duas grandes economias sul-americanas - e políticas da região.
A Argentina passa atualmente pela crise econômica mais grave de sua história, estando nas mãos dos credores desde dezembro passado, com os depósitos bancários congelados e a economia semiparalisada depois de quatro anos de recessão.
O presidente Eduardo Duhalde destaca a necessidade de chegar a um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas a instituição considera que a Argentina não apresenta um programa econômico sustentável.
O Brasil sofre de problemas causados pelo contágio da crise na Argentina mas também pelo crescimento de sua dívida (58% do PIB) e do nervosismo dos investidores ante as eleições de outubro, onde o candidato favorito nas pesquisas até agora é Luiz Inacio Lula da Silva, de esquerda.
A situação destes dois países espalhou-se na região, em particular no Uruguai, onde o risco país chegou ao máximo histórico (2.479 pontos).
Mas também existem tumultos políticos na Venezuela, onde a oposição pretende a derrubada, por meios constitucionais, do presidente Hugo Chávez, que foi alvo, em abril passado, de um golpe de Estado que por 48 horas o afastou da presidência.
A Colômbia prossegue mostrando um difícil panorama da ordem pública, com três grupos irregulares atuantes - as guerrilhas das Farc e o ELN, além dos paramilitares de extrema-direita, com mais de 30 mil homens armados no total - num conflito que poderia se estender a outros países.
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