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03/08/2002 - 13h14

Vice-presidente da Venezuela pede ajuda internacional

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da Folha Online

O vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, solicitou à Organização dos Estados Americanos (OEA), ao Centro Carter e ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) apoio para um diálogo entre o governo e a oposição, em meio a uma crise política iniciada com a tentativa de golpe de Estado de abril, informou hoje o jornal "El Nacional".

Ele fez o apelo por meio de uma mensagem enviada ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria, à diretora regional do PNUD, Elena Martínez, e à diretora para as Américas do Centro Carter, Jennifer McCoy, revelou o jornal.

"Solicito, em nome do governo da República Bolivariana da Venezuela, o apoio necessário para facilitar a concretização de um mecanismo consensual de aproximação entre o Governo, os diferentes personagens da oposição e outros setores da vida nacional", dizia a carta.

Rangel saudou positivamente a visita em julho do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, líder do Centro Carter, assim como a reunião de quinta-feira (1), que a entidade realizou juntamente com o Pnud, a OEA e o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Nessa reunião, as três organizações fizeram uma proposta formal de ajuda para a formação de um mecanismo de busca de uma solução para o conflito na Venezuela.

Ontem, o governo venezuelano militarizou o centro e a zona oeste da capital, Caracas, depois que choques entre grupos civis armados e policiais metropolitanos deixaram cinco feridos na madrugada.

Segundo o líder da oposição, Elías Santana, os grupos violentos ligados ao governo, são os responsáveis pelos distúrbios. Ele acredita que o presidente Chávez pretende dar um "autogolpe" ou decretar estado de exceção.

Emboscada
A tensão no país aumenta enquanto se espera a decisão da Suprema Corte de indiciar ou não quatro oficiais militares acusados de responsabilidade pelo golpe de Estado de abril, quando o presidente Hugo Chávez foi afastado do cargo por dois dias.

O tiroteio de ontem ocorreu quando uma patrulha da Polícia Metropolitana, controlada pelo prefeito de Caracas, o antichavista Alfredo Peña, foi emboscada por partidários de Chávez na favela 23 de Janeiro, no oeste da cidade. Um policial e quatro civis sofreram ferimentos à bala.

De acordo com policiais, os civis estavam portando "rifles de assalto de alto calibre". "Eles estão usando armas de guerra", reclamou o prefeito da capital venezuelana.

Peña acusa o governo de estar por trás dos confrontos. Para ele, os responsáveis pela emboscada foram membros do grupo guerrilheiro urbano conhecido como Tupamaros, que receberiam apoio do Poder Executivo

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