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04/08/2002 - 09h51

Paramilitares colombianos tentam limpar imagem

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da Folha de S.Paulo

A expectativa para a posse de Álvaro Uribe na Presidência da Colômbia, nesta quarta-feira, vem provocando alterações no quadro da guerra civil que o país enfrenta há quatro décadas.

A mais recente mudança de cenário ocorreu no campo dos paramilitares de direita, nascidos nos anos 80 como milícias de proteção aos chefões do narcotráfico e aos grandes fazendeiros contra a ação das guerrilhas de esquerda.

As AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), principal grupo paramilitar do país, anunciou no mês passado a sua dissolução em pequenos grupos regionais. Seu líder, Carlos Castaño, acusou seus associados de envolvimento com o narcotráfico e de ações terroristas e disse que passaria a cuidar apenas de seu grupo original, as ACCU (Autodefesas Camponesas de Córdoba e Urabá).

O anúncio de Castaño é visto pelos analistas como uma estratégia para tentar se desvincular das ações criminosas e buscar uma anistia no futuro governo Uribe.

Segundo dados do próprio governo, os paramilitares seriam os maiores violadores dos direitos humanos no país. Atuando muitas vezes com a conivência da força pública, eles promovem massacres contra civis acusados de colaborar com a guerrilha.

Para o senador Antonio Navarro Wolff, Castaño tenta se aproximar dos EUA, que têm a AUC em sua lista de organizações terroristas e já autorizaram o governo colombiano a usar a ajuda financeira e militar para combater o grupo. "Ele entende com clareza que o novo poder decisório na Colômbia é os EUA, por isso tenta se desvincular do narcotráfico e do terrorismo", diz.

Para Adam Isacson, do Centro de Política Internacional, Castaño aposta numa negociação com Uribe, a quem declarou apoio na campanha presidencial. "Uribe já manifestou intenção de negociar. As AUC estão preocupadas agora em melhorar sua imagem", diz.
 

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